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Vidas negras importam

– Martinho da Vila

Olá! Hoje vamos mergulhar na história inspiradora de Martinho da Vila, um verdadeiro símbolo da música brasileira e um defensor incansável do movimento “Vidas Negras Importam”. Martinho não é apenas um músico talentoso; ele é uma voz poderosa na luta pela igualdade racial, cuja vida e obra ecoam a importância de reconhecer e celebrar a identidade negra. Vamos conhecer mais sobre sua trajetória, suas conquistas e como ele usa sua arte para conectar culturas e promover a igualdade.

Martinho da Vila, fazendo eco e musicando “vidas negras importam”, desde sempre.

Ouça bem
O que eu tenho a lhe dizer

Não existe diferença
Entre eu e você.

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O preconceito
Sem respeito nos separa

Porque tenho a pele negra
E você a pele clara

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O racismo é um mal
Mas o mal a gente cura

Basta um pouco de ternura
Alma pura e razão

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O meu sangue é vermelho
Tão vermelho quanto o teu
A batida do teu peito

É a mesma que bate no meu
E no coração de um feto

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Papo reto
Que eu levei com um meu neto

Uma vida negra importa

E quem assim não pensa

Tem a consciência torta

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Tem a consciência torta

Claro que tem

Tem tem tem

Tem a consciência torta

Martinho José Ferreira, o Martinho da Vila, músico, compositor e escritor brasileiro nascido em 1938, filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, nascido em Duas Barras, mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas quatro anos.

Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos-Forros, antes de tornar-se músico profissional em 1970, foi auxiliar de químico industrial, sargento do Exército, escrevente e contador.

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Em 2017, aos 79 anos, ingressou na faculdade de Relações Internacionais da Universidade Estácio de Sá, no Rio, segundo ele, para “entender um pouco mais das relações internacionais em termos históricos, na teoria”.

Isso porque, na prática, há algum tempo atua nessa área como Embaixador Cultural de Angola e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Frequentou as aulas regularmente e de forma presencial, cumprindo todas as exigências do curso, mas não o concluiu. Cursou até o terceiro ano – o último ano seria para preparar o aluno para o mercado de trabalho, o que não era de seu interesse.

Depois de realizar uma turnê por Angola em 1972, Martinho passou a se interessar pelas conexões entre as histórias e culturas africanas e afro-brasileiras. Se engajou na luta pela representação e afirmação da identidade negra e defesa da igualdade racial.

Em 1980, passa a organizar shows de artistas brasileiros em Angola e traz artistas de lá para cá, em especial para o show Canto Livre de Angola, de 1983, incentivando o intercâmbio cultural.

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A temática da identidade negra e da igualdade racial também aparece em sua produção literária, formada por livros de ficção, crônicas, infantil, juvenil, romance e literatura musical.

Entre eles: Vamos brincar de política (1986), KizombasFestas e Andanças (1992), Joana e Joanes (1999), Ópera Negra (1998), Memórias Póstumas de Tereza de Jesus (2003), Os Lusófonos (2006) e Barras, vilas & amores (2015).

Marco: Martinho da Vila foi o primeiro sambista a bater a marca de um milhão de cópias vendidas com em CD, com o disco “Tá Delícia, Tá Gostoso”, em 1995.

Curiosidade para quem está chegando agora: Martinho é da Vila, por causa da escola de samba Vila Isabel, no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro – ele é presidente de honra da agremiação.

Não lhe faltam discos, prêmios, títulos, honrarias, ex-mulheres e uma atual, filhos – 8 ao todo – e netos – 10. Mas isso não quer dizer que tudo aconteceu “devagar, devagarinho”, bem na pegada de Martinho.

O artista manteve-se solteiro até os 55 anos e seis filhos de três relacionamentos, até que conheceu Cléo, com quem está casado há 25 anos e tem outros dois filhos.

Sua esposa, Clediomar Corrêa Liscano, a “Preta Pretinha” de Martinho, é 33 anos mais jovem que ele. Os dois casaram, de papel passado, em 1993. Em junho de 2018, , comemoraram bodas de prata.

Fontes: Ebiografia, Bol Uol

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Martinho da Vila: Uma Voz Musical na Luta pela Igualdade Racial

Este artigo destaca a vida e a carreira de Martinho da Vila, enfatizando seu papel como músico, compositor, escritor e ativista na promoção da igualdade racial e na celebração da identidade negra. Nascido em 1938, Martinho da Vila transcendeu suas raízes humildes para se tornar um ícone cultural no Brasil e um embaixador cultural de Angola e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Sua obra inclui uma vasta discografia, livros e a organização de eventos culturais que fortalecem os laços entre as culturas africana e afro-brasileira. Além de ser o primeiro sambista a vender mais de um milhão de cópias de um CD, Martinho da Vila é um exemplo de como a arte pode ser uma ferramenta poderosa na luta contra o racismo e na promoção da igualdade.

Quem é Martinho da Vila? Martinho da Vila é um renomado músico, compositor, escritor e ativista brasileiro, conhecido por sua contribuição à música, à cultura afro-brasileira e à luta pela igualdade racial.

Qual é a importância de Martinho da Vila para o movimento “Vidas Negras Importam”? Martinho da Vila simboliza a luta pela igualdade racial através de sua música e ativismo, utilizando sua arte para promover a conscientização sobre o racismo e a importância da identidade negra.

Quais são algumas das principais realizações de Martinho da Vila? Entre suas realizações, destacam-se a venda de mais de um milhão de cópias de um CD, a organização de eventos culturais que promovem a conexão entre culturas africana e afro-brasileira, e sua atuação como embaixador cultural.

Como Martinho da Vila usa sua arte para combater o racismo? Ele utiliza sua música e escrita para abordar temas de igualdade racial, identidade negra e a luta contra o preconceito, promovendo uma mensagem de amor e união.

Qual é o legado de Martinho da Vila para as futuras gerações? O legado de Martinho da Vila reside em sua capacidade de inspirar através da arte, promovendo a igualdade, a aceitação e a celebração da diversidade cultural e racial.