Cecile Kashetu Kyenge, cidadã italiana originária da República Democrática do Congo, é a primeira mulher negra a alcançar o posto de ministra na história da Itália e uma das sete mulheres a integrar o novo governo.
Nomeada em abril de 2013 pelo primeiro-ministro Enrico Letta, Cecile Kyenge ocupa o cargo de ministra da Integração. Seu pioneirismo, entretanto, ainda representa uma afronta para o povo italiano. Cecile tem enfrentado insultos sexistas e racistas.
A ministra italiana da Integração, Cecile Kyenge, fez questão de destacar sua origem ítalo-congolesa em sua primeira coletiva de imprensa como membro do governo do primeiro-ministro Enrico Letta: “Sou negra e ítalo-congolesa. Dentro de mim existem dois países”.
Em seu novo cargo, Cecile também tem aproveitado para chamar atenção para o uso correto das palavras, referindo-se à maneira como é descrita pela mídia : “Não sou de cor, não sou colorida. Sou negra, e digo isso com orgulho”.
Cecile Kyenge é também a primeira mulher de origem africana a ocupar uma cadeira no Parlamento italiano. Eleita pelo Partido Democrata, de esquerda, defende a anulação do delito de imigração clandestina e a luta contra a violência de gênero, racista, homofóbica e de qualquer outra natureza.
Cecile Kyenge nasceu em 28 de agosto de 1964, tem 49 anos, é oftalmologista e chegou à Itália, sozinha, em 1983, com 18 anos de idade. Ela deixou o Congo para que pudesse prosseguir os seus estudos em Medicina.
Cecile é casada com um italiano.
Fontes: Reuters, Terra