O primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no Brasil, pioneirismo conquista nos anos 1960.
Wilson Simonal de Castro entra na história como o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no Brasil, o Show em Si…Monal, que foi ao ar pela então campeã de audiência TV Record – Canal 7 de São Paulo. Em 1966 e 1967, Carlos Imperial dirigiu o programa que revelou Simonal como showman.
Simonal nasceu em 23 de fevereiro de 1938, uma quarta-feira de Cinzas, no Rio de Janeiro.. Sua carreira foi marcada por grande sucesso interpretando as músicas País Tropical, Mamãe passou açúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro e Sá Marina, entre outras – sua discografia é composta de um total de 34 discos. Ele cantava soul, samba, bossa nova, PB, rock, calipso.
Ruy Castro, em seu livro Chega de Saudade, definiu o cantor como
“o máximo para seu tempo”: “grande voz, um senso de divisão igual ao dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis”.
Turma da pilantragem
No seu Show em Si…Monal, o artista compartilhava o palco com os músicos César Camargo Mariano, Sabá e Toninho, que formavam o Som 3. E da convivência diária entre eles e com Carlos Imperial, o diretor, surgiu um novo estilo popular, diferente de tudo o que estava acontecendo na época. Assim, para dividir a cena com a bossa nova, a tropicália e o iê-iê-iê de Roberto Carlos, surgiu a “turma da pilantragem”.
Contratado para fechar a parte inicial do show de Sérgio Mendes no Maracanãzinho, para uma plateia de 30 mil pessoas, Simonal acabou sendo a atração principal. A emoção foi tanta que, nos bastidores, Simonal desmaiou ao ouvir a multidão clamar e pedir bis, quando Sérgio Mendes já estava no palco.
Simonal comandava milhares de pessoas todas as noites no Canecão e em qualquer casa que se apresentasse. Em 1969, assinou com a Shell o que o Jornal da Tarde avaliou como “o mais fabuloso contrato de publicidade já assinado no Brasil”.
Ninguém sabe o duro que dei
Venceu as barreiras da pobreza – era filho de uma empregada doméstica – e viveu duas décadas de sucesso como um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil, com direito a viagens pelas Américas do Sul e Central, com destaque para o México onde, nos anos 70, acompanhou a vitoriosa seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo.
A biografia Nem Vem que Não Tem – A Vida e o Veneno de Wilson Simonal e o documentário Ninguém Sabe o Duro que Dei , lançados nos últimos anos, mostram muito da história desse intérprete cuja carreira foi praticamente interrompida no início dos anos 1970, devido a denúncias de seu envolvimento com o regime militar, as quais ele sempre negou.
Simonal morreu em 25 de junho de 2000, aos 62 anos de idade.
Fontes: Wikipedia e digestivocultural.com
Pingback: Links Úteis: TV Preta, nossos canais • Primeiros Negros
Pingback: Pioneiros na TV • Primeiros Negros
Meu nome é Mario Namias, tenho hoje 76 anos, apesar de morar em Sampa já conhecia Simonal antes de estourar no Brasil.. TV TUPI, cantor ALMIR RIBEIRO, produtor ABELARDO FIGUEIREDO.. seguinte Almir morreu em Punta del Leste, aí o ABELARDO coloca o SIMONA pra comandar o SPOT Light esse foi o primeiro