Setembro é um mês especial no Primeiros Negros.
É o mês do nosso renascer como site, arquivo digital ancestral.
É o mês em que ressignificamos a lei do ventre livre com o nascer livre deste nosso espaço, livre para existir, crescer, criar, proporcionar o encontro de profissionais negros, propiciar a divulgação de nosso empreendedorismo, dos nossos vários pensares… Somos muitos, diversos, potências…
Setembro é o mês dos Ibejis, de Cosme e Damião, da Infância Negra que queremos livre.
E o nosso jeito de celebrar nosso primeiro ano de site, depois de mais de uma década como blog sobre pioneirismo negro, é lançando o selo Primeiros Negros Educação (PN Educação).
Nós acreditamos que a EDUCAÇÃO – com letras garrafais mesmo – é o caminho. Para além da educação formal, acreditamos que, quando nos colocamos na vida como aprendizes, abrimos possibilidades de beber na fonte da nossa ancestralidade e avançar.
E nada mais simbólico no lançamento do selo PN Educação do que uma imersão em um projeto educativo pioneiro, a primeira escola de educação infantil afro-brasileira inclusive no nome – Escola Afro-brasileira Maria Felipa.
Doamos nosso espaço para uma edição especialíssima dentro do nosso mês dedicado à Infância Negra, com o aquilombamento pedagógico proposto pela escola; uma entrevista com sua idealizadora – Barbara Carine Soares Pinheiro; a história de Maria Felipa que empresta sua liderança, força e capacidade de luta ao projeto, além de Links Úteis com os caminhos de estudar neste espaço especial – mesmo à distância – e ser parceiro, parceira, de ação política tão potente, decolonial, antirracista, afrocentrada e afroafetiva.
Nosso selo PN Educação começa com Maria Felipa e, pouco a pouco, irá indicando os artigos que têm a pegada do ensino formal do que nem sempre aprendemos na escola.
Nesta nossa edição Infância Negra, claro, vamos surpreender com o número de super-heróis negros – ainda faltam super-heroínas – e com a história das bonecas pretas, dos palhaços, princesas, filmes, livros, jogos. E, programamos, também, abordar assuntos sérios e dolorosos como discriminação e a lei do ventre livre do jeito que foi pensada por aqueles que escravizaram nossos ancestrais.
Aprendamos juntos, juntas, juntes.