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Helena Reis, 1ª Negra no Comando da PM de SP

Olá! Hoje, vamos falar sobre uma verdadeira pioneira: a Coronel Helena dos Santos Reis. Com 46 anos, ela fez história ao se tornar a primeira mulher negra a chefiar a Secretaria da Casa Militar do Governo do Estado de São Paulo, uma posição de destaque em uma instituição criada em 1920. Vamos mergulhar na trajetória dessa mulher incrível, que não só quebrou barreiras de gênero e raça mas também se tornou uma fonte de inspiração para muitas outras.

A coronel Helena dos Santos Reis, de 46 anos, é a primeira negra a chefiar a Secretaria da Casa Militar do Governo do Estado de São Paulo em exatos 97 anos de existência da pasta, criada em 1920. Neste tempo, a história registra: 51 homens x 2 mulheres nomeados.

Desde janeiro de 2017, Helena Reis é a responsável pela equipe de segurança do governador Geraldo Alckmin e do Palácio dos Bandeirantes, além de coordenadora da Defesa Civil do estado.

Natural de São José do Rio Preto, interior do estado de São Paulo, a caçula de seis filhos de um casal baiano, na verdade, é pioneira desde o dia que se decidiu a seguir a carreira militar, confirmando o DNA da família.

A segunda mulher a comandar – a primeira foi a coronel Fátima Dutra em 2006 – a Casa Militar e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil – é filha e irmã de militar.

Ela era a única negra das 15 mulheres de sua turma na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na década de 1980. Fez parte do primeiro grupo feminino a ingressar no curso de cadetes.

Até 1988, as mulheres entravam na Polícia Militar como sargentos. Depois, era necessário prestar um concurso, fazer um curso de um ano para se tornarem oficiais, explica ela.

“Nós somos as pioneiras no Barro Branco. Éramos um grupo de 15 meninas e minha turma tinha 180 homens.”

Embora reconheça o lento ingresso de mulheres nas polícias do estado, Helena acredita que, no futuro, não haverá força de segurança sem a presença feminina – inclusive na Rota, a tropa de elite da polícia paulista que não tem mulheres no policiamento ostensivo ainda.

Apesar de estarmos em 2017 ainda causa surpresa a indicação de uma mulher negra para algumas funções na nossa sociedade. Mas eu fico feliz de poder representar as mulheres, servir de inspiração, exemplo”, declarou Helena Reis ao tomar posse.  

Carreira

Helena ingressou na Academia do Barro Branco em 1989. Após os quatro anos iniciais de formação, atuou até 1994 na região central da capital paulista. Em 1995, foi transferida para Catanduva e, depois, para São José do Rio Preto até ser promovida a tenente-coronel e retornar à capital paulista para trabalhar no Estado Maior da Policia Militar – área que compreende o Comando Geral da PM. Em 2014, foi chefe da 3ª Seção do Estado Maior.

Promovida a coronel em março de 2015, tornou-se responsável pelo curso de formação de Sargentos e, em maio do mesmo ano, comandante do Policiamento do Interior 5. Entre o bem e o mal Nestes 28 anos de profissão, a coronel vive os dois lados da violência. Teve que encarar a perda do irmão policial militar, morto durante uma tentativa de assalto na região de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, mas avalia as denúncias de violência policial como casos isolados e não como perfil da corporação.

“A gente tem 94 mil homens na polícia paulista. As ações onde um policial se excede no limite da autoridade ou no uso da força representam menos de 1%. Quando criticam a atuação da polícia militar, apegam-se a esse 1%. ”

Helena acredita que a Polícia Militar é “vital” para a sociedade.

“A Policia Militar é a instituição maior garantidora dos direitos humanos do nosso país. O número de atendimentos sociais que a Policia Militar realiza é superior aos atendimentos criminais. Hoje a gente é de padre a médico, onde não há outras estruturas estatais a Polícia Militar está lá, fazendo parto, atendimentos sociais…”

[…]

“Em que pese os defeitos – prossegue a coronel -, a Polícia Militar é uma instituição necessária, vital para a sociedade. Eu tenho 28 anos de polícia e não consigo contar e relatar os casos em que eu auxiliei pessoas.”  

A posse

“Socorrer pessoas, lidar diretamente com perdas, conviver com a morte, reduzir sofrimento, trazer à luz uma criança, deter quem ameaça inocentes, quem corrompe a vida, a juventude e compromete o futuro das nossas crianças por meio das drogas. Além de parar aquele que agride a mulher e que discrimina o diferente… nunca perder a humanidade, a delicadeza, a amizade, o sentido de família e solidariedade. Nunca esquecer que a hierarquia das nossas funções nos diferencia e a fragilidade da vida nos iguala” – com essas palavras, a coronel Helena dos Santos Reis tomou posse como secretária da Casa Militar, em 19 de janeiro de 2017.

Para o governador Geraldo Alckmin, Helena Reis representa a ascensão da mulher na Polícia Militar. O primeiro corpo feminino da América Latina foi criado em 1955, no Estado de São Paulo. No começo, a mulher PM realizava trabalhos internos, atendimento a mulheres, menores, idosos e pessoas com deficiência. Agora, mais de 50 anos depois, participa do policiamento e representa 12% da tropa.


Fontes: G1, PMSP  

Helena Reis: Quebrando Barreiras e Liderando com Coragem na PM de SP

A Coronel Helena dos Santos Reis, aos 46 anos, tornou-se a primeira mulher negra a liderar a Secretaria da Casa Militar do Estado de São Paulo, uma conquista notável em seus 97 anos de existência. Responsável pela segurança do governador e do Palácio dos Bandeirantes, bem como pela coordenação da Defesa Civil do estado, Helena Reis é um exemplo de pioneirismo e liderança. Nascida em São José do Rio Preto e caçula de seis filhos, ela seguiu os passos da família na carreira militar, destacando-se desde sua formação na Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Sua jornada é marcada por desafios, superação e um compromisso inabalável com a segurança e o bem-estar da sociedade paulista.

Quem é Helena dos Santos Reis? Helena dos Santos Reis é a primeira mulher negra a chefiar a Secretaria da Casa Militar do Governo do Estado de São Paulo, com uma carreira dedicada à segurança pública e à coordenação da Defesa Civil do estado.

Qual é a importância da posição que Helena Reis ocupa? Sua posição é histórica e simbólica, representando a quebra de barreiras raciais e de gênero em uma instituição centenária, além de ser crucial para a segurança do governador e a coordenação de ações de defesa civil em São Paulo.

De onde é Helena Reis? Helena Reis é natural de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e vem de uma família com tradição militar.

Qual foi o caminho de Helena Reis até se tornar coronel? Ingressou na Academia do Barro Branco em 1989, atuou em diversas regiões de São Paulo, e foi promovida a coronel em 2015, assumindo posições de liderança e comando dentro da Polícia Militar.

5. **Como Helena Reis vê o futuro da presença feminina na Polícia Militar? Ela acredita que, no futuro, não haverá força de segurança sem a presença feminina, destacando a importância e o impacto positivo das mulheres na PM, inclusive em unidades de elite como a Rota.

Helena Reis não apenas fez história ao assumir um papel de liderança na Polícia Militar de São Paulo, mas também se tornou um símbolo de progresso, representatividade e inspiração para mulheres e homens em todo o país.

2 comentários em “Helena Reis, 1ª Negra no Comando da PM de SP”

  1. Uma curiosidade, os pardos ou qualquer afrodescendente de qualquer proporção seja 1/3, 1/4 1/5 etc… é considerado negro pelo site ? Vejo centenas ou milhares de afrodescendentes em altos cargos .

    1. Pretos e pardos formam o povo negro. Aqui, diferente dos Estados Unidos, o racismo escancarado é mais pelas características físicas do que de origem. Mas, na vida, pretos e pardos estão entre os que sofrem mais injustiças, são mais discriminados, estão nas classes mais baixas da sociedade, tem menor acesso à saúde e à educação. Pretos e pardos vivem um não lugar. Ou porque são pretos ou porque são miscigenados. Em especial em uma sociedade racista como a nossa, nenhum pardo passa impunemente. Quanto aos milhares de afrodescendentes em altos cargos, por favor, me informe sua fonte.

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