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Imhotep, primeiro médico, filósofo e arquiteto da história

Ele é o pai da medicina, o primeiro filósofo da história da humanidade, mas é mais conhecido como idealizador da primeira pirâmide construída pelos egípcios. Nos deixou os primeiros mapas das constelações e a ideia de energia vital, bem como de alinhamento do chacras, como caminhos para a cura integral.

Estatueta de Imhotep Sentado, 332-30 a.C, Período Ptolomaico. (Imagem: Metropolitan Museum of Art)
Estatueta de Imhotep Sentado, 332-30 a.C, Período Ptolomaico. Cobre e metal precioso. (Imagem: Metropolitan Museum of Art/Domínio Público)

O verdadeiro pai das ciências médicas é africano: Imhotep, filho de Khreduankh e do deus Ptah, mestre-de-obras do reino chamado Kanefer, viveu durante o Antigo Império Egípcio, entre os anos de 2686 – 2613 antes da Era Comum, também reconhecida como “antes de Cristo”. Seus pais deviam ser membros da aristocracia, como indica seu título de Nobre Hereditário.

Provavelmente, Imhotep foi educado por um escriba a partir dos 12 anos e teria começado sua carreira ainda jovem ao aprender seu ofício com o pai nas oficinas reais de Mênfis.

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Deve ter ingressado na vida sacerdotal, sendo que a função de Sumo Sacerdote de Heliópolis só podia ser ocupada após extensa educação nas artes e nas ciências.

 O significado do seu nome é:

“aquele que vem em Paz”

Imhotep morreu 2500 anos antes do nascimento de Hipócrates, conhecido na atualidade como o Pai da Medicina.   Aproximadamente 100 anos após a sua morte, Imhotep foi considerado um semideus médico. Em aproximadamente 525 antes da Era Comum, cerca de dois mil anos após a sua morte, foi elevado à categoria de deus.

Patrono dos médicos no antigo Egito – Kemet, endeusado na época e invocado nas orações, Imhotep foi reconhecido pelos egípcios do Novo Império como o deus dos Medicamentos. Seu templo pode ser considerado o primeiro hospital da humanidade.

No Egito, existia a Biblioteca Faraônica Imhotep, que armazenava todos os seus tratados de medicina e cirurgia. Atribui-se a ele os primeiros tratados médicos escritos.

Imhotep diagnosticou e tratou mais de 200 doenças: 15 doenças do abdômen, 11 da bexiga, 10 do reto, 29 dos olhos e 18 da pele, cabelo, unhas e língua. Tratou, ainda, da tuberculose, cálculos biliares, apendicites, gota, artrites e fez algumas cirurgias. Também era de seu conhecimento a posição e a função dos órgãos vitais do corpo humano, bem como da circulação sanguínea.

Na história egípcia, a Era Imhotep é considerada como de grande sabedoria. O primeiro grande herói nacional do Egito era tido em alta consideração como médico e sábio, a ponto de, 23 séculos após sua morte, ser deificado como deus tutelar da medicina.

Os gregos, por sua vez, deram-lhe o nome de Imuthes e identificaram-no com Asclépio, filho de Apolo, o Esculápio dos romanos, deus da ciência médica e Hermes Trismegistrus, que quer dizer “três vezes grande”.

Energia vital

O caduceo, que hoje é usado como símbolo da Sociedade Médica, era a sua vara de poder. Com ela, ele media a quantidade de energia vital que um ser humano processa no seu interior. Assim, conseguia saber qual dos centros energéticos – ou chacras – utilizar para captar e processar a energia vital e como identificar onde existia desequilíbrio celular eletromagnético.

Imhotep curava elevando a frequência vibratória da aura ou campo eletromagnético da pessoa. Isto restabelecia o equilíbrio dos chacras, permitindo que voltassem a fornecer a energia vital necessária aos órgãos afetados, a verdadeira causa de todas as doenças.

Caduceu e Sete Chakras (Imagem Reprodução)
Arte Gráfica representativa do Caduceu e os Sete Chacras
(Imagem: Reprodução)

 O caduceo possui duas serpentes entrelaçadas que se cruzam sobre os sete chacras, os centros nervosos sobre a coluna vertebral que captam e distribuem a energia.

As serpentes simbolizam as duas polaridades da carga elétrica e movimentos opostos que correspondem ao Universo dual. Em seu centro há uma coluna formada por pares de partículas com cargas opostas que se neutralizam e equilibram, a única maneira de se chegar à “iluminação”.

Imhotep misturava a magia com a medicina. Suas fórmulas e remédios estão cheios de rezas e encantamentos. Para ele, a medicina não curaria sem que recebesse poder através da energia da palavra.

Princípios universais

Seus textos e ensinamentos passaram secretamente de geração em geração durante milênios. São a base dos conhecimentos Gnóstico, Templário, Illuminati, Rosa Cruz e Maçom. Os gregos os chamavam de princípios herméticos.

Gravura dos Sete Princípios Herméticos (Imagem: Reprodução/Pinterest)
Gravura representativa dos Sete Princípios Herméticos
(Imagem: Reprodução/Pinterest)

Entre os diversos textos deixados por Imhotep, um deles “Caibalion” (Kybalion) fala dos sete princípios fundamentais do Universo. Neste texto afirma que o Universo existe na mente de Deus. Que cada homem é único com seus pensamentos e com capacidade de pensar individualmente e que a realidade é um grande sistema onde todas as coisas têm consciência e estão interligadas.

Imhotep afirmou que a terceira lei do Universo é que:

“tudo vibra, tudo se move, nada está inerte, tudo está em movimento”.

É a frequência de vibração das partículas constitutivas da energia que determina os diversos estados da realidade, a densidade da matéria, a mente e a altíssima vibração do espírito.

Quanto maior a frequência de vibração, mais elevado o nível de consciência, de informação, respeito e mais avançado o caminho evolutivo. Tudo vibra, desde a mais baixa matéria até o espírito puro.

Imhotep, junto com Amenhotep, são os únicos egípcios mortais que alcançaram o status de deuses.

Multifacetário

Apesar de sua genialidade na área médica, Imhotep ficou mais conhecido como idealizador da primeira pirâmide construída pelos egípcios: Saqqara. Sua história, no entanto, traz muitas outras competências. Desde muito cedo, dedicou-se aos ideais da nação até tornar-se primeiro-ministro, conselheiro do faraó Djoser, administrador, teólogo, escritor e mágico.

Pirâmide de Djoser, Saqqara, Egito. (Foto: Charles James Sharp)
Pirâmide de Djoser, Saqqara, Egito. (Foto: Charles James Sharp)

Imhotep foi também o primeiro filósofo da história da humanidade, analisou conceitos fundamentais como espaço, tempo, volume, a natureza das doenças, a existência de Deus e a imortalidade.

Astrônomo e astrólogo, criou o primeiro registro sistemático da abóbada celeste deixando-nos os primeiros mapas das constelações. Demonstrou o seu conhecimento dos equinócios ao usar as mudanças de Era para determinar as etapas da revelação no desenvolvimento espiritual da civilização egípcia.  

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Colaborou nesta postagem Luiz Ricardo Castro.

Outras fontes: Wikipedia , Ebad, Infopedia, History, Fascínio Egito, Bárbara Carine – Instagram

Escrito em 8 de setembro de 2015. Atualizado em 19 de agosto de 2024

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Conheça a história de outros africanos geniais, como Fela Kuti, também multifacetado.       

33 comentários em “Imhotep, primeiro médico, filósofo e arquiteto da história”

    1. Li, reli e gostei.. Imhotep me impressionou e ilucidou -me sobre assunto de relevancia para conhecimento humano.

      1. Trimegistro não existiu, ele foi uma tentativa de apagar Inhotep, mas a verdade sempre aparece!

    1. Rosvaldo Barbosa de Almeida

      Trismegisto e Imhotep são a mesma pessoa. Foi chamado de Trismegisto pelos Gregos que mudaram seu nome, como também mudaram o nome de outras pessoas importantes do Antigo Egito. Creio que foi uma questão idiomática, não posso afirmar a razão da mudança.

  1. Fantastica Publicacão!! O Conhecimento do homem negro, que ja estava anos luz avançado a nossa época atual, mesmo que a mais de 4 mil anos atras. O que está no alto, é como o que está no baixo! Salve Imothep e tantos outros Negros que edificaram o conhecimento planetário!

  2. Pingback: Resenha – O complexo do branco salvador no apagamento da cultura africana – Blog Erê

  3. Por que não citou a fonte? Copiou trechos inteiros do documentário (esotérico) Olho de Hórus. Esse documentário não tem muito embasamento histórico.

    1. Parabéns
      Edmilson.
      O conhecimento é a sabedoria ainda está longe da compreensão de muitos, inclusive da própria ciência atual que não admite que naquela época havia este conhecimento que superavam os dos dias de hoje.
      Dr.Gotardo

  4. A verdade começa a vir ao de cima! Anta Diop já descrevia coisas parecidas na metade do século 21 e chumbaram sua tese em Paris! Hoko! Tremai deuses modernizados! Muita coisa ainda está por se revelar sobre a Civilização Negra do Antigo Egipto.
    Muito obrigado pela partilha, Tânia!

  5. SEBASTIAN PEREIRA DE AGUIAR

    ISSO VÊM COMFIRMAR. O QUE É DITO PELO DR.CHEIK ANNTA DIOPP.SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO ANTIGO EGITO.SOBRE MUITAS CIVILIZAÇÕES DAQUELE TEMPO!!!!

  6. Pingback: Origem Africana da Filosofia: mito ou realidade?

  7. Pingback: Racismo científico

  8. Parabéns
    Edmilson.
    O conhecimento é a sabedoria ainda está longe da compreensão de muitos, inclusive da própria ciência atual que não admite que naquela época havia este conhecimento que superavam os dos dias de hoje.
    Dr.Gotardo

    1. “A luz é boa, mas o excesso pode cegar”. Não são palavras minhas, mas sim de Jesus a Pedro.
      Resumindo: O homem ainda não está preparado para saber de todas as verdades.
      Outra coisa, vi um comentário de um companheiro aí sobre destacarmos os feitos de homens “negros” da história, e penso eu que antigamente os sábios eram destacados pela inteligência e não pela cor da cútis.
      P.S – Eu habito um corpo negro atualmente.

      1. Amei a matéria, mas fiquei me perguntando, o porquê dos comentários citarem tantas vezes como “Um homem negro”, quando na verdade esse fato não teve relevância na sua vida e nem no seu legado!

        1. Esse fato tem relevancia sim, pois o estereóptico é de um povo negro que só tem um legado de artes, dança e música.
          Não se aprende sobre imhotep nas escolas, aprendesse que todo o legado intelectual veio da Grécia. (Europa)
          Quando na verdade está comprovado que eles herdaram todo o conhecimento africano.
          Não teria relevância mencionar a cor da pele de Imhotep, se nao tivessem feito questão tirar de história toda a relevância do povo negro.

      2. Carlos Roberto Ribeiro

        A importância de destacar a cor da pele se dá ao fato de embranquecimento do povo egípcio.
        Nos filmes, nas novelas sempre retratam os egípcios como se fossem brancos, o que é um grande equívoco.
        Talvez nem devamos chamar de equívoco por fazem isso premeditado.

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  12. É muita verdade numa só publicação, ao ler estes texto, senti-me arrepiado. Adorei a publicação

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  14. Imhotep não era negro nem tinha pele preta.
    Imhotep era um egípcio típico com algum gene africano.
    Imhotep não era Hermes, uma figura fictícia como Mercúrio.
    Eu sou ligado espiritualmente a Imhotep.

    http://www.aldeias.org

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