O ativista político luta incansavelmente por uma África do Sul que pertença a todos e recebe reconhecimento internacional por retomar, nos anos 1950, campanhas não violentas para desafiar as leis discriminatórias do apartheid.


John Albert Lutuli (geralmente escrito Luthuli), também conhecido pelo seu nome zulu “Myumbi”, nasce perto de Bulawayo (Rodésia do Sul) no ano de 1898 e é o primeiro negro a receber o reconhecimento internacional por sua luta contra o racismo, recebendo em 1961 o Nobel da Paz, por ter retomado, nos anos 1950, campanhas não violentas para desafiar as leis discriminatórias do apartheid.
Professor e político, em 1951, Lutuli é eleito presidente do Congresso Nacional Africano, na época uma organização que lidera a oposição ao governo de minoria branca na África do Sul, e lidera milhares de pessoas – especialmente mulheres – que boicotam os ônibus, onde a distinção racial é vigente e produtos agrícolas, cujos produtores obedecem leis racistas.
Filho de um adventista do Sétimo Dia, desde jovem é considerado liderança em grupos que visitam famílias nas comunidades. Profundamente religioso, é um pregador leigo, a favor da paz, em uma época na qual muitos de seus contemporâneos defendem atitudes mais radicais.

(Foto: Bettmann/Gerty Images)
Opressão branca
Como a maioria que luta pela igualdade entre os homens, Lutuli é preso, processado, proibido de participar de manifestações populares… Em 1959, é obrigado a se exilar de sua terra natal durante 5 anos.
Lutuli morre misteriosamente, em 21 de julho de 1967, atropelado por um trem.
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Leia também a história de Nelson Mandela, que também presidiu o Congresso Nacional; recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, e é o primeiro presidente negro da África do Sul.
Fontes: portaldaculturanegra; Fundação Palmares
Escrito em 12 agosto de 2010
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