Ela derruba barreiras aparecendo na capa do suplemento de moda do jornal The New York Times. É uma das primeiras modelos negras de sucesso, também no mundo dos negócios. Ela cria uma coleção de perucas com textura de cabelo preto alisado, que se transforma em um império da beleza multimilionário.

Naomi Sims, a primeira top model negra a estampar a capa do Fashion of The times , o suplemento dedicado à moda do jornal The New York Times, em 1967. No ano seguinte, ela ocupa a capa da revista feminina Ladies Home Journal . Sobre o fato, o jornal escreve que o pioneirismo de Naomi Sims é conquista do movimento Black is Beautiful.
A fama mundial, entretanto, só chega com a foto de capa na Life, edição de 17 de outubro de 1969, quando ela é declarada Modelo do Ano. Detalhe, ela também foi a primeira modelo afro-americana na capa dessa revista.

As imagens de capa tanto da Life como da revista de moda do New York Times de 1967 foram exibidas no Metropolitan Museum of Art em uma exposição intitulada The Model as Muse.
Conheça a história de Donyale Luna, a primeira supermodelo negra, que registra pioneirismos na América do Norte e na Europa Ocidental alguns anos antes.
Muito alta e escura
A mais nova de três filhas de John e Elizabeth Sims, Naomi sofre por conta de sua altura desde os 13 anos: 1m78. Crianças e jovens têm um quê de crueldade, o que a faz atravessar a vida estudantil no ostracismo, completamente isolada.
Naomi Sims começa a faculdade depois de ganhar uma bolsa para o Fashion Institute of Technology na cidade de Nova York, enquanto fazia aulas noturnas de Psicologia na Universidade de Nova York.
Suas primeiras tentativas de conseguir trabalho de modelo, por meio de agências estabelecidas, são frustradas por conta do preconceito racial. A justificativa era de que a sua pele era muito escura.
Aí, ela toma uma decisão: evitar as agências e ir diretamente aos fotógrafos de moda. Gösta Peterson, do The New York Times, é um deles e ele concorda em fotografá-la para a capa do suplemento de moda de agosto de 1967 do jornal – mas isso não lhe abriu as portas do mercado fashion.

Nova estratégia: abordar Wilhelmina Cooper, uma ex-modelo que estava abrindo sua própria agência, vinculando seu nome à agência e fazendo a própria divulgação.
Naomi envia cópias do suplemento do Times para agências de publicidade, anexando o número de telefone de Cooper. A agência da ex-modelo receberia uma comissão se Naomi recebesse algum trabalho.
O sucesso
Em um ano, ela estava ganhando US $ 1.000 por semana. O salto na renda acontece quando ela é selecionada para uma campanha nacional de televisão para a AT&T, vestindo roupas do estilista Bill Blass.
Em 1968, Sims disse ao Ladies ‘Home Journal que, depois que foi ao ar, as pessoas queriam saber mais sobre ela e usar a sua imagem.
Assim, ela se torna uma das primeiras modelos negras de sucesso ainda na adolescência, e alcança reconhecimento mundial do final dos anos 1960 – que dura até o início dos anos 1970 -, aparecendo não só nas capas de revistas de moda de prestígio, como também nas revistas mais populares.
Outros caminhos
Em 1972, Hollywood se interessa por ela como atriz e lhe oferece o papel principal no filme Cleopatra Jones, mas quando Naomi lê o roteiro, fica chocada com o retrato racista dos negros no filme e recusa a proposta.

Em 1973, Naomi se aposenta da modelagem e inicia seu próprio negócio – uma coleção de perucas com a textura de cabelo preto alisado -, que se transforma em um império da beleza multimilionário.
Escreve pelo menos cinco livros sobre modelagem, saúde e beleza. Entre os títulos, Tudo sobre saúde e beleza para a mulher negra, Como ser uma top model e Tudo sobre o sucesso para a mulher negra.
Naomi Sims ainda assina a coluna de conselhos para adolescentes em Right On ! revista.
Em família
Em agosto de 1973, se casa com o negociante de arte Michael Findlay, um homem branco, em uma época em que casamentos inter-raciais eram considerados tabu – o casamento dura mais de 20 anos.
A garota que nasceu em Oxford, Mississipi em 30 de março de 1948, morreu em 1º de agosto de 2009, aos 61 anos, vítima de câncer de mama, em Newark, Nova Jersey.
Ela deixa seu filho, Bob Findlay, um neto, e sua irmã mais velha, Betty Sims. Sua irmã mais velha, Doris, havia morrido um ano antes.
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Fonte: En-Wikipédia
Escrito em 10 de agosto de 2009
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Também sou modelo, pensei em desistir várias vezes … hoje, lendo sobre essas mulheres me sinto nutrida e continuo na luta para alcançar meu sonho e podendo viver da minha carreira um dia .
Bom ,meu insta é Clay Malaquias
É pra isso que o nosso site existe <3 A luta é nossa, e é junto dos nossos que conseguimos nos fortalecer. Nós por nós!