A intolerância com a Mitologia Africana está na raiz de toda a religiosidade da branquitude. Histórias bíblicas são mitos africanos. Santas católicas se confundem com orixás e, mesmo sem sabermos, a filosofia e a espiritualidade negras afetam o modo como vivemos.

Mulherismo Africana, por exemplo, movimento filosófico de resgate, de recolocação do povo preto no mundo, que tem como prioridade, discutir raça, classe e gênero (nesta ordem), permite um olhar mais amoroso e horizontal para as relações homem-mulher, pais e filhos… O filme Pantera Negra conta muito desse existir.

Já o Afrofuturismo propõe o diálogo entre o passado e o futuro. É o olhar preto, independentemente de nossa localização geográfica. É ressignificação histórica sem sabotagem. É permissão para sonhar e perseguir o sonho.

Em Filosofia, também, o projeto Cabelo Afro Feminino,  voltado ao Ensino Médio, desenvolvido pelo professor Paulo Estevam, de auto estima e combate ao racismo, aplicado em uma escola estadual da capital paulista.

Como complemento, para o debate sobre religiosidade no Brasil, textos diversos que demonstram como o racismo estrutural coloca a espiritualidade africana entre o sagrado e o profano e um pouco dos mitos que explicam a representatividade dos orixás.