Robert Smith, o afroamericano mais rico dos EUA

Robert Frederick Smith, empresário americano, investidor e filantropo; engenheiro químico e banqueiro de investimentos, é o fundador, presidente e CEO da empresa de ações de capital fechado Vista Equity Partners e, em 2018, foi classificado pela revista Forbes como a 163ª pessoa mais rica dos Estados Unidos, o primeiro afroamericano em fortuna da América.

Sua fortuna é estimada em US$ 5 bilhões (R$ 20,5 bilhões) – a apresentadora Oprah Winfrey, que frequentemente é citada como a pessoa negra mais rica do país, tem cerca de metade dessa soma, de acordo com a mesma publicação.

A Vista Equity Partners, que se concentra na compra e venda de empresas de software, fundada em 2000, tem cerca de US$ 46 bilhões em ativos sob a sua gestão. É uma empresa privada, não divulga seus resultados, mas se acredita que seja uma das empresas com melhor desempenho nos EUA.

Um dos diferenciais está nas práticas de contratação pouco convencionais. Em vez de procurar pessoas com diplomas das oito principais universidades privadas dos EUA ou recrutar os melhores talentos do Vale do Silício – região da baía de São Francisco, na Califórnia, onde estão várias empresas de alta tecnologia -,  Smith procura engenheiros e gestores qualificados de outras profissões que possam prosperar nas suas empresas.

O interesse de um candidato por artes e humanidades, por exemplo, é levado em conta. Além disso, é usado um teste de personalidade desenvolvido pela IBM que mede habilidades técnicas e sociais.

A última do filantropo

No último dia 19 de maio, o empresário Robert F. Smith, durante a cerimônia de formatura de 430 alunos da Universidade de Morehouse, em Atlanta, anunciou o pagamento de todas as dívidas estudantis que os formandos contraíram para poder estudar – cerca de US$ 40 milhões (R$ 164 milhões).

Neste mesmo 2019, entretanto, Smith já havia anunciado a doação de US$ 1,5 milhão (R$ 6.15 milhões) para a instituição, o que tornou a doação aos estudantes uma surpresa ainda maior, segundo o jornal local Atlanta Journal-Constitution. Um porta-voz da Morehouse disse tratar-se da maior doação na história da universidade.

Entre seus ex-alunos estão o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr., o cineasta Spike Lee e o ator Samuel L. Jackson. Morehouse é uma universidade onde a maioria dos alunos é afrodescendente.

Saliente-se que, nos últimos anos, os custos crescentes da educação universitária fizeram da dívida estudantil um problema nacional, abordado por muitos dos pré-candidatos democratas à eleição presidencial de 2020.

Ponto de Partida

Smith cresceu em um bairro predominantemente negro, de classe média, em Denver. Seus pais, William Robert  e Sylvia Myrna, eram doutores em Educação.

Desde muito jovem, ele revelou sua ambição e persistência. Tentou um estágio na Bell Labs, ouviu um “não” como resposta, por conta de sua pouca idade, mas insistiu durante cinco meses, telefonando para a empresa todas as segundas-feiras, até conseguir a vaga.

Graduado na Universidade de Cornell,  fez Engenharia Química e trabalhou na Kraft General Foods. Com mestrado em Administração de Empresas na Universidade de Columbia fez assessoria a empresas como Apple, Hewlett-Packard e Microsoft, trabalhando na Goldman Sachs em São Francisco.

Música, a maior paixão

Smith comprou e restaurou um resort histórico, Lincoln Hills, nos arredores de Denver, onde músicos de jazz negros, como Duke Ellington, tocaram. Fundou programas de apoio à educação musical e empreendedorismo em Austin, Texas, onde vive, e em Chicago, onde a Vista tem um escritório.

Em 2016, Smith foi nomeado presidente do conselho do Carnegie Hall, um dos palcos mais famosos dos EUA.

Ele é dono de um dos velhos pianos de Elton John e contratou John Legend e Seal para atuarem no seu casamento. Dois dos seus filhos, Hendrix e Legend, receberam o nome em homenagem a Jimi Hendrix e John Legend.

Robert é casado com Hope Dworaczyk, ex-modelo da Playboy, desde 2015. Nasceu em 1º de dezembro de 1962 – está com 56 anos – , no Colorado (EUA).

Fontes: New York Times, Agência EFE, site G1, O Estado de S. Paulo e Wikipedia.