Nascido nos Estados Unidos, W.E.B. Du Bois fez o caminho de volta à África, como propunha o movimento que liderou. Sociólogo, historiador, ativista, no século XIX, apresenta propostas de inclusão do povo negro na sociedade, até hoje, absolutamente atuais. Pan-africanista, é responsável pela criação do conceito de ‘consciência racial’, considerado o “arquiteto” na luta por direitos civis e um dândi negro que “invadiu” a Universidade de Harvard, com toda a sua elegância, para tornar-se o primeiro, de origem africana, a receber o título de doutor.
O que responde este artigo: Quais os pioneirismos de W.E.B. Du Bois? Em que época viveu W.E.B. Du Bois? Qual a corrente política de W.E.B. Du Bois? Qual é a importância de W.E.B. Du Bois para o movimento negro? Quantos livros W.E.B. Du Bois publicou? Qual a relação de W.E.B. Du Bois com o dandismo negro? O que é ser um dândi negro? W.E.B. Du Bois era pan-africanista? W.E.B. Du Bois era eugenista? Quantos livros W.E.B. Du Bois escreveu? Qual é a relação entre W.E.B. Du Bois e Martin Luther King?
William Edward Burghardt Du Bois, mais conhecido como W.E.B. Du Bois, vive entre os séculos XIX e XX – nasce em 23 de fevereiro de 1868 no interior do estado de Massachusetts, e morre, 95 anos depois, em Accra, Gana, em 27 de agosto de 1963, um dia antes de Martin Luther King Jr. proclamar seu famoso discurso Eu Tenho Um Sonho, em Washington. Seu viver é marcado por pioneirismos de relevância racial:
- Primeiro afro-americano a receber o título de doutor (Ph.D.) em Harvard, considerada a universidade mais antiga dos Estados Unidos e a melhor instituição do mundo!
- Responsável pela criação do conceito de consciência racial
- Considerado “arquiteto” na luta por direitos civis
- Pioneiro na sociologia científica nos Estados Unidos e o primeiro a combinar sociologia e ativismo, criando uma sociologia pública
- Autor do primeiro tratado científico no campo da Sociologia sobre população negra nos Estados Unidos
- Consultor na fundação Organização das Nações Unidas – ONU, em 1945, levando as demandas da comunidade afro-americana para todos os países-membros, e autor do manifesto An Appeal to the World (Um Apelo para o Mundo), em que denuncia a negligência dos Estados Unidos com os direitos humanos do povo negro
- Uma das primeiras lideranças a adotar com veemência o discurso de orgulho racial e de volta às origens negras
- Organizador do primeiro Pan-African Congress em Paris, em 1919 – movimento político e cultural de luta pela independência dos países africanos do jugo da Europa
- Um dos fundadores da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor – NAACP, na sigla em inglês, a maior e mais influente organização por direitos civis dos Estados Unidos
Da infância à juventude
Filho de Alfred e Mary Silvina Burghardt Du Bois, o menino William cresce no norte dos Estados Unidos, em uma comunidade relativamente integrada. A família de sua mãe faz parte da pequena população de negros livres de Great Barrington. Seu bisavô materno, Tom Burghardt, escravizado, nascido na África Ocidental por volta de 1730, serve o exército na Revolução Americana em 1776 e resgata a própria liberdade.
O bisavô paterno, James Du Bois, de origem franco-americana, tem vários filhos com mulheres escravizadas. Um deles, Alexander, que viaja para o Haiti, tem um filho, Alfred, que se muda para os Estados Unidos um pouco antes de 1860 e se casa com Mary Silvina em 1867.
O casamento de Alfred e Mary dura pouco tempo. Em 1870, dois anos depois do nascimento de William, sua mãe está sozinha para sustentar a família – conta com a ajuda do irmão e de vizinhos.
William frequenta a escola pública local, mantém relacionamento com os colegas brancos, os professores o encorajam a seguir carreira acadêmica e os membros da igreja que frequenta doam dinheiro para suas despesas, quando decide ir para a faculdade.
O acadêmico e a migração
Vivendo no norte dos Estados Unidos, o jovem William Du Bois não fazia ideia dos tentáculos do racismo. Acreditava que as ciências sociais poderiam fornecer o conhecimento necessário para o seu combate.
Mas a ida para Fisk University, faculdade historicamente negra em Nashville, Tennessee, aos 17 anos, o fez perceber que mudanças sociais profundas só seriam alcançadas com protestos e ativismo – o fato de as pessoas serem livres não havia transformado as suas vidas.
A proclamação da emancipação, assinada pelo presidente Abraham Lincoln em 1º de janeiro de 1863, que libertou cerca de 4 milhões de escravizados, um marco na história dos Estados Unidos, não vale nada no sul do país – ele descobre, ao vivenciar o racismo sulista, das leis Jim Crow, de segregação racial, entre os anos de 1885 e 1888.
Registre-se que a escravização negra havia sido abolida “definitivamente” vinte anos antes, com a ratificação da 13ª Emenda da Constituição de 1787, em 18 de dezembro de 1865.
A vivência do racismo no sul – que incluía a supressão do voto e o linchamento de pessoas negras -, o fez apoiar a grande migração de negros para outras regiões do país, em busca de melhores oportunidades econômicas. E depois, como pan-africanista, mais radical, ele estimula o retorno à África.
Dupla identidade
De volta ao norte dos EUA, Du Bois frequenta o Harvard College, em Cambridge, Massachusetts, de 1888 a 1890, e é obrigado a reiniciar os estudos porque os créditos de seu curso da Fisk não são aceitos. Mas a teoria da segregação racial está enraizada na sua alma e ele não quer contato com os colegas brancos. Não demora, ele entende que a realidade é outra!
Entre o grupo dos negros também há divisões, pessoas de cores diferentes… Aí, ele “aprende” que, antes de ser um negro, ele é um americano(?!) e as distinções de raça saem do seu radar. Por um tempo.
Anos depois, a questão da dupla identidade é revisitada por ele na coleção de ensaios As Almas da Gente Negra (The Souls of Black Folk), sua maior obra, publicada em 1903. No livro, lança o conceito de dupla identidade – ser negro e americano – e lança o desafio de transformar esta dupla identidade em um único eu, melhor e mais verdadeiro, baseado na igualdade entre todos.
Du Bois se refere a uma espécie de “véu da exclusão”, que separa os negros do restante do mundo, e gera um sentimento de impotência e resignação. Isso porque, a despeito do esforço e das conquistas, o negro sempre será excluído e se sentirá um estranho no seu próprio país.
A emancipação que torna os escravizados da América do Norte pessoas livres, em 1863, não garante a inclusão social. Décadas de educação formal, de superação da ignorância, não são suficientes para a conquista da dignidade, do auto respeito…
Esta, aliás, é a grande contradição inerente ao ser negro em qualquer país fora da África – buscar a aceitação e a inclusão em sociedades cujas ideologias são incompatíveis com o nosso existir. Querem que sejamos primeiro brasileiros, argentinos, americanos e, depois, negros… Mas não nos tratam como cidadãos!
Daí o resultado dessa dupla identidade ser incompatível! O povo negro batalha em vão, acredita em falsas ideias, muitas vezes sente vergonha de si perante a sociedade. A mesma sociedade que lhe paga menores salários que aos brancos, lhe impõe horas de trabalho exaustivas, que não assina carteira de trabalho, que não garante acesso à saúde…
Ph.D. pioneiro
Voltando à sua jornada acadêmica… Durante três anos, Du Bois paga seus estudos com dinheiro de empregos de verão, uma herança, bolsas de estudo, empréstimos de amigos e, em 1890, recebe seu diploma de bacharel em História. No ano seguinte, com uma bolsa de estudos, ele cursa pós-graduação em Sociologia na Harvard University.
Mesmo “integrado”, o intelectual faz considerações sobre o domínio do mundo pelos brancos. Afirma que a democracia idealizada pelo povo americano não existe na prática. Até porque esse mesmo mundo branco insiste em exclusividade racial.
Em suas falas, se opõe à noção de que os aspectos negativos que permeavam a população negra seriam “tipicamente negros” e, por outro lado, o sucesso dos brancos seria algo “tipicamente branco”.
Outra bolsa de estudos o leva à Europa, na Universidade de Berlim, capital da Alemanha, em 1892, onde amadurece intelectualmente. Ao retornar aos Estados Unidos, completa o ciclo ao qual se propôs e, em 1895, torna-se o primeiro afro-americano a receber o título de doutor (Ph.D.) em Harvard, considerada a universidade mais antiga dos Estados Unidos e a melhor instituição do mundo!
O pesquisador
Du Bois é pioneiro na sociologia científica. É o primeiro a combinar sociologia e ativismo, criando uma sociologia pública. É autor do primeiro tratado científico no campo da Sociologia, The Philadelphia Negro, de 1899, o estudo de caso de uma comunidade negra nos EUA, um de seus trabalhos mais marcantes.
Na sua pesquisa, identifica os desafios sociais da comunidade nas áreas de saúde, educação, mercado de trabalho, condições urbanas e religião, entrevistando cinco mil pessoas!
Em sua análise, insere o problema do negro na teoria socialista comum. Questiona se os objetivos do socialismo podem negligenciar a questão racial. Defende que nenhuma minoria deve ser excluída da questão socialista. Afinal, um Estado socialista não pode valer-se da opressão de seus cidadãos para garantir seu poder.
Aponta, ainda, o racismo como uma razão para várias mazelas dessa comunidade, decorrente da sua marginalização, e denuncia a criminalização deliberada das pessoas negras.
Crime e castigo
Du Bois, em todo seu trabalho como sociólogo e historiador, deixa-se influenciar pela circunstância de ser negro. Vê, no desenrolar da história, a escravização como o grande fenômeno capaz de depreciar o homem negro perante a sociedade.
Para ele, os problemas do povo negro se originam em particularidades históricas – escravizalçao, libertação tardia, ausência de direitos… E é daí que surge uma classe de desapontados e desencorajados, em descompasso com a harmonia social.
A criminalidade negra tem a ver com a desigualdade e o racismo institucional – incluam-se os efeitos negativos da segregação racial, a existência de guetos, as humilhações racistas, o sentimento disseminado de que o negro é algo a menos que o americano e os sistemas desiguais de justiça para brancos e negros.
A solução?
- presença de pessoas negras na polícia e entre os jurados;
- melhores moradias e oportunidade de trabalho;
- assistência nacional para a educação de pessoas negras;
- melhores salários;
- plenos direitos civis e políticos…
Quanto à segregação e ao preconceito racial no âmbito das leis, dos tribunais e da repressão policial, ele os aponta como aspectos perpetuadores da condição inferior nos negros na sociedade.
Para Du Bois, a sentença de um homem em quase toda acusação não passa pela questão do crime em si, mas pela cor do réu. Os negros olham as cortes como instrumentos de injustiça e opressão, e os condenados como mártires e vítimas. Nas sentenças dos tribunais, os ricos são sempre favorecidos às custas dos pobres, e os brancos, à custa dos negros.
Leia o artigo Justiça para o povo preto sobre a situação no Brasil. Lá como cá, desde sempre, a situação não muda! E as propostas para relações respeitosas, igualitárias e equânimes permanecem as mesmas.
Ciência da cor
Nosso pioneiro sabe que o mundo negro precisa lutar por sua liberdade!
Até porque a “barreira da cor” não foi construída nem se mantém por ignorância, por uma questão de pele e, sim, por motivos econômicos.
Mesmo assim, no meio dos brancos, na Universidade de Harvard, ele começa a refletir sobre um dogma racial evolucionista, que coloca a segregação como uma razão científica e o negro como “uma raça inferior”, de cérebros menores – é a década de 1910, do racismo científico.
Du Bois se opõe a esta visão como uma aberração não científica. Contudo, defende que “apenas os negros mais aptos devem procriar para livrar a raça da iniquidade moral”.(?!)
Na cabeça do sociólogo, os melhores negros eram iguais aos melhores brancos, e, por isso, os 10% mais talentosos e bem sucedidos de cada uma das duas raças deveriam investir na miscigenação para criar uma humanidade melhor.
Du Bois julga ser incontestável a divisão da humanidade em raças. O significado de raça, entretanto, não se limita às características físicas. Na verdade, transcende esse critério. Para ele, as diferenças mais marcantes entre as raças são espirituais e psicológicas.
Como ativista afro-americano, ele acreditava que os negros ainda não tinham conseguido passar uma mensagem significante para o mundo, de sua existência, anseios e reivindicações. E este era o seu desejo: unir todos os afrodescendentes.
Ativista x ativista
Du Bois combate abertamente questões da sua época como linchamentos, discriminação e exploração colonial, segregação racial e, também, os ativistas que defendem que os negros se “acomodem” às leis que os impedem de ser tratados como iguais a todos.
Ao fazer isso, contrapõe-se ao educador e líder negro Brooke T. Washington e seu Compromisso de Atlanta, segundo o qual os negros do sul concordariam em não protestar por direitos civis em troca de acesso à justiça criminal e oportunidades educacionais e econômicas básicas.
Brooke acreditava que os negros, para ganhar o respeito dos brancos e acabar com a discriminação racial, deveriam trabalhar duro e prosperar economicamente! E a resposta de Du Bois ao acordo proposto é assumir a liderança de um grupo de pensadores afro-americanos para lutar por direitos civis e cidadania já!
Este “já” era 1905 e culmina com a elaboração de uma proclamação pelos direitos civis afro-americanos, pelo direito de votar, bem como outros direitos que pertenciam aos americanos nascidos livres.
O grupo de pensadores afro-americanos tornou-se conhecido como “Movimento de Niágara”. Dura poucos anos, mas representa papel importante na conquista da igualdade racial.
O “arquiteto”
E a luta não para. Em 1909, Du Bois aparece como um dos fundadores da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), a maior e mais influente organização por direitos civis dos Estados Unidos, onde atua, até 1934, como diretor de pesquisa e publicidade, responsável por editar a revista mensal da organização.
Dezenas de defensores dos direitos civis participaram da fundação da associação, entretanto, a maioria dos diretores era branca.
Na primeira edição da revista batizada de A Crise, em novembro de 1910, Du Bois afirma que o seu objetivo é estabelecer “fatos e argumentos que mostrem o perigo do preconceito racial”.
A Crise segue duas linhas principais: de um lado, o protesto; de outro, a construção de uma consciência racial. Du Bois direciona comentários aos americanos brancos, ao mesmo tempo em que é fonte de informação e orgulho aos afro-americanos. Daí, ele ser considerado, por muitos, um dos arquitetos do movimento dos direitos civis.
O escritor
Du Bois publica mais de 20 livros, três autobiografias – cada qual contendo ensaios perspicazes sobre Sociologia, Política e História -, além de estudos científicos, artigos acadêmicos, novelas e poesia.
Na coleção de ensaios As Almas da Gente Negra, além de lançar o conceito de dupla identidade e consciência racial, retrata a cultura e a condição da população negra nos Estados Unidos após a Guerra Civil do século XIX. A obra é considerada o ponto de partida para o florescer da literatura afro-americana.
A Reconstrução Negra na América (Black Reconstruction in America), de 1935, é outra de suas obras que desafia o pensamento dominante de que os negros são os responsáveis pelos fracassos da era da reconstrução dos Estados Unidos, entre 1865 e 1877, após o término da Guerra de Secessão.
Na primeira pessoa do singular, um dos livros de Du Bois é Crepúsculo do Amanhecer (Dusk of Dawn ), no qual o pioneiro escreve o que pretendia ser não a sua autobiografia, mas a autobiografia do conceito de raça. Ele olha para a própria existência como parte da história da dominação do mundo pela Europa branca, entre os anos 1868 e 1940.
A revolução industrial – exemplifica – baseia-se na diferença racial. É a escravização africana moderna resultando em uma base econômica sólida. Em outras palavras, uma história de transformações no modo de conceber a vida, as pessoas, o trabalho, os sistemas políticos, a religião, a educação, mas que não muda o olhar para as diferenças raciais!
O dândi negro
No auge do Harlem Renaissance (Renascimento do Harlem) – movimento
que surge na região do Harlem, zona urbana com alta incidência de população negra em Nova York e se espalha por toda a cidade -, Du Bois, com sua sua rara elegância, lança uma novela envolvendo a questão do dandismo negro, outra estratégia de busca de inclusão do homem negro, da qual também participava ativamente.
É o ano de 1928 e, em sua novela Dark Princess, o protagonista Matthew Towns é apresentado como um ativista-dândi negro, que lidera uma revolução do Povo Escuro do Mundo, na qual as pessoas de cor negra podem reivindicar seu lugar e seus direitos de igual para igual.
Matthew Towns é descrito como um homem elegante trajado de terno, luvas, bengala e gravata carmesim escuro – a imagem retórica do próprio DuBois, que também acreditava na composição de um visual requintado como uma manifestação política inclusiva e questionadora da exclusão imposta aos negros de seu tempo.
Leia os artigos Moda Preta Masculina e Moda e Poder.
Outras causas
Destruir o racismo – que tem como uma das principais causas o capitalismo – é o principal alvo de Du Bois. Mas, como ativista, ele anseia por paz – defende o desarmamento nuclear; protesta contra a discriminação na educação e no emprego; se posiciona a favor de judeus, africanos e asiáticos na luta contra o colonialismo e o imperialismo.
Defende a emancipação feminina e a urgência da igualdade de direitos. Até 1920, ano em que as mulheres brancas americanas conquistaram o direito ao voto, o sociólogo escreve sobre a importância do sufrágio feminino. Para ele, nem a diferença de cor nem entre os sexos são aceitáveis como fonte de discriminação.
Leia Mama África, Cidadania Ancestral, sobre o movimento de retorno do povo negro das Américas para o berço da humanidade, desde o período escravocrata.
No seu currículo, ainda, a fundação da American Black Academy, de apoio a manifestações de arte e cultura, e pesquisa sobre as experiências dos soldados negros americanos na França durante a Primeira Guerra Mundial, vítimas de intolerância generalizada das formças armadas.
Em 1951, acusado de ser um agente infiltrado de uma potência estrangeira, Du Bois se desilude com os Estados Unidos da América e, dez anos depois, torna-se membro do Partido Comunista e muda para Gana, na África, onde obtém cidadania e passa o resto da vida.
O pan-africanista
Ao ir para a África, Du Bois vive o pan-africanismo na prática – um líder diferente do jamaicano Marcus Garvey, que nunca pisou em solo african,.
Os dois, ícones, referências do movimento político de luta pela independência dos países africanos do jugo da Europa; pela construção de uma unidade africana e fortalecimento dos laços de solidariedade entre os diferentes grupos afrodescendentes em diáspora.
É Du Bois quem organiza o primeiro Pan-African Congress em Paris, em 1919. E é ele é, também, uma das primeiras lideranças a adotar com veemência um discurso de orgulho racial e de volta às origens negras. Daí ser considerado, também, o pai simbólico do movimento de tomada de consciência do ser negro.
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A Lei dos Direitos Civis dos Estados Unidos incorporaram muitas das ideias defendidas por W.E. B. Du Bois ao longo de sua vida. Mas a legislação só foi promulgada um ano após sua morte, que aconteceu em 1964.
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Fontes: Revista Galileu, Wikipédia, Geledés
Escrito em 10 de janeiro de 2025