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Marina Silva, a mais jovem senadora, primeira negra candidata à Presidência da República do Brasil e mais

Primeira mulher negra candidata à Presidência da República, Maria Osmarina Silva, conhecida como Marina Silva, vem de uma trajetória incomum que teve início em 8 de fevereiro de 1958, nos seringais do Acre, no norte do país, território elevado a categoria de estado em 1962, mas que até 1877 pertencia à Bolívia.

Marina nasceu na floresta amazônica, entre árvores-da-borracha e castanhas-do-brasil, montanhas elevadas e quedas d’água, e no meio de espécies animais como tatus-gigantes e aves raras. E lá viveu, até os 16 anos, sem saber ler nem escrever.

Marina nasceu natureza e, assim que enxergou possibilidade, no espaço de quatro anos, foi do analfabetismo ao vestibular. É graduada em História e pós-graduada em Psicanálise.

Reconhecida internacionalmente por sua defesa do meio ambiente, tornou-se ministra da área, deputada, senadora e candidatou-se três vezes à Presidência do Brasil, sem sucesso.

Voto a voto

A estreia nas urnas acontece em 1986 e em seu currículo consta a posição pioneira de primeira vereadora de esquerda de Rio Branco, em 1988, bem como a de deputada mais votada do Acre, em 1990. Aos 36 anos, em 1994, é eleita a mais jovem senadora da República, reeleita em 2001.

Grande parte de seu segundo mandato como senadora, entretanto, é cumprido à frente do Ministério de Meio Ambiente – como pioneira também -, onde ficou nos primeiros cinco anos e meio do governo Lula.

Estar ministra foi o seu primeiro grande desafio em gestão pública. Testou poder de administração, negociação e resistência, além de enfrentar os maiores embates de sua vida pública. Um período extenuante, exaustivo, em que viu – com tristeza – ser aprovada a lei dos transgênicos e o licenciamento ambiental das hidrelétricas do Rio Madeira, na Amazônia – apenas para citar alguns exemplos dos desafios que teve de encarar. Mas seu trabalho foi o melhor na área ambiental que se tem notícia.  

Depois de 30 anos no Partido dos Trabalhadores, abraçou sua primeira candidatura à Presidência da República pelo Partido Verde. Era o ano de 2010 – ela ficou em 3º lugar, com 19 milhões de votos.

Em 2014, assumiu a candidatura à presidência pelo Partido Socialista Brasileiro, após a morte de Eduardo Campos, conquistando, novamente, a terceira colocação, com 22 milhões de votos.

No ano de 2015, consegue o registro de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, e disputa pela terceira vez, em 2018, a Presidência, mas não passa de 1 milhão de votos.

Expressão

Ambientalista premiada, Marina Silva tem, entre suas conquistas, o “2007 Champions of the Earth”, principal prêmio da Organização das Nações Unidas na área ambiental, e o prêmio Goldman, considerado o Nobel do Meio Ambiente, em 1997.

Em outubro de 2008, recebeu das mãos do príncipe Philip da Inglaterra, no palácio de Saint James, em Londres, a medalha Duque de Edimburgo, em reconhecimento à sua trajetória e luta em defesa da Amazônia brasileira – mais importante prêmio concedido pela Rede WWF, entre outros.

Vida particular

Três hepatites, cinco malárias e uma leishmaniose contam da saúde de Marina Silva, que nunca foi frágil, apesar da aparência.

Missionária da Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal do país,  cogitou ser freira na adolescência. Superada essa fase, casou, separou e casou de novo, dando à luz a quatro filhos.

Sua vida familiar inclui, ainda, o papel de chefe de família aos 14 anos, como a segunda filha, de um total de onze, do cearense Pedro Augusto da Silva.

Em 2022, a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora, Marina Silva (@_marinasilva_) conquistou uma votação expressiva em São Paulo e se elegeu deputada federal pelo partido Rede Sustentabilidade.

Seu trabalho no Congresso Nacional será dos mais importantes e desafiador: apresentar um projeto político que valorize o patrimônio ambiental do país, além da geração de oportunidades para melhoria de vida das pessoas, em especial os povos originários.

Leia mais sobre Eleições negras em 2020 e 2022, anos marcantes para a representatividade negra na política na nossa edição Eleições Negras.

3 comentários em “Marina Silva, a mais jovem senadora, primeira negra candidata à Presidência da República do Brasil e mais”

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