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PN 2025 – marcos e marcas da nossa história

Imagens dos Detaques de 2025
Imagens dos Detaques de 2025

20 anos da partida de Shirley Chisholm

1º de janeiro de 2005 é a data de morte da primeira mulher negra a tornar-se deputada federal e nos Estados Unidos e primeira mulher negra a apresentar-se como candidata à Presidência do país nas eleições prévias do Partido Democrata. Registre-se que só 42 anos depois, o seu partido indicou uma  mulher negra para a Casa Branca, Kamala Harris. Shirley nasce em 30 de novembro de 1924.

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170 anos de Teodoro Sampaio

Teodoro Sampaio (Imagem: Reprodução)
Teodoro Sampaio (Imagem: Reprodução)

Um dos maiores pensadores brasileiros de seu tempo, este baiano de Santo Amaro da Purificação nasce em 7 de janeiro 1855. Engenheiro, depois de 82 anos de vida,   deixa como legado uma bibliografia de vasta erudição geográfica e histórica sobre os saberes indígenas e a formação do território nacional, seus rios, sítios arqueológicos…

90 anos de Lélia Gonzalez

Intelectual e ativista Lélia Gonzalez Foto: Fundação Cultural de Varginha

Ela é a penúltima dos 18 filhos do negro ferroviário Accacio Serafim d’ Almeida e da doméstica indígena, Orcinda Serafim d’ Almeida. É tratada como neta pelos pais. Vive de 1º de fevereiro de 1935 a 10 de julho de 1994. Referência de ativismo, a historiadora é a primeira a colocar foco na equação: ser mulher  + ser  negra = dores da discriminação elevada à potência máxima, com solidão e violência, em escala geométrica. 

A ancestralidade de Lélia Gonzalez

120 anos da morte de José do Patrocínio

Escritor e abolicionista brasileiro José do Patrocínio (1854 - 1905). (Autor: Desconhecido - Fotografia em "História da Literatura Brasileira" (1916), de José Veríssimo (1857 - 1917) - Domínio Público)
Escritor e abolicionista brasileiro José do Patrocínio (1854 – 1905). (Autor: Desconhecido – Fotografia em “História da Literatura Brasileira” (1916), de José Veríssimo (1857 – 1917) – Domínio Público)

O vereador que proclamou a República do Brasil perante um grupo reunido na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Mas ele entra para a história como o ícone na campanha pelo fim do sistema escravocrata não só por sua oratória e textos publicados em seu jornal Cidade do Rio, mas também por seus dez anos de militância no auxílio a escravizados em fuga. Filho de uma escravizada africana com um vigário, Patrocínio chega aos 51 anos. Vive de 9 de outubro de 1853 a 29 de janeiro de 1905. 

José do Patrocínio, o abolicionista que proclamou a República

80 anos do nascimento de Bob Marley

Bob Marley no palco em foto preto e branco
Bob Marley se apresentando ao vivo no Hallenstadium em Zurique, Suíça, em 30 de maio de 1980. (Imagem: Wikimedia Commons)

Cantor, guitarrista e compositor jamaicano. É dele a voz que ecoa no mundo em favor do  povo pobre e oprimido, em defesa da paz, da liberdade, da igualdade social e de direitos. É dele a canção do milênio, One Love. Seu nome de batismo? Robert Nesta Marley. Ele vive entre anos por apenas 36 anos – o nascimento acontece em 6 de fevereiro de 1945 – e nos deixa sua música de resistência pacífica e de amor ativo.

Bob Marley, a lenda do reggae

50 anos da morte de Josephine Baker

Josephine Baker em ilustração (Imagem: Reprodução)
Josephine Baker em ilustração (Imagem: Reprodução)

Espiã durante a 2ª Guerra, ativista de primeira linha, ela ergue a voz pelo fim da segregação racial. Bissexual, vedete, uma das artistas afro-americanas de mais sucesso na história da França, é também a primeira grande estrela das artes cênicas. Sua vida, entre nós, acontece de 13 de junho de 1906 a 12 de abril de 1975. 

Josephine Baker, a mulher mais exótica do mundo

100 anos da morte de Frantz Fanon

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Frantz Fanon

Descolonizar o pensamento, filosofia de resistência, alienação e liberdade definem este psiquiatra, que nasceu em 20 de julho de 1925, viveu apenas 36 anos.  Sob o seu ponto de vista, transformar a sociedade só é possível a partir do confronto de quem somos e de quem são os colonizadores e do olhar para o efeito da ação dos “poderosos” sobre os que são colocados em condição de subalternidade e aos quais é negada a existência sem violência. Psiquiatra, filósofo e político, Frantz Omar Fanon, em pleno 1952, aos 27 anos de idade, assume o pioneirismo em estudos decoloniais – que podem ser entendidos como a busca pelo direito à diferença e abertura para o pensamento do outro. 

 “Todo problema humano exige ser considerado a partir do tempo. Sendo ideal que o presente sempre sirva para construir o futuro. E esse futuro não é cósmico, é o do meu século, do meu país, da minha existência.” (Do livro Pele Negra, Máscaras Brancas)

Masculinidades negras, assunto para Frantz Fanon

190 anos da Revolta dos Malês e do assassinato de seus líderes

Revolta dos Malês (Imagem: Strike Games)
Revolta dos Malês (Imagem: Strike Games)

Na madrugada de  25 de janeiro de 1835 – dia de Lailat al-Qadr, a festa da Noite da Glória dos muçulmanos, momento em que o Corão foi revelado a Maomé, o profeta do Islamismo -, acontece, na Bahia, a maior revolta de pessoas escravizadas da história do Brasil. Uma maioria muçulmana de escravizados urbanos, cerca de 600 pessoas, marcham pelas ruas da cidade de Salvador convocando outros escravizados a se rebelarem – a capital baiana possuía apenas 22% de sua população branca. Os punidos, que restaram vivos, foram presos e açoitados. Para os líderes, a pena morte por fuzilamento. Aumentou a repressão sobre escravizados e libertos e, no mesmo ano, foi aprovada a deportação de todos os africanos e descendentes suspeitos de envolvimento com rebeliões. Tudo por medo de novas revoltas. 

A felicidade guerreira das rebeliões negras

60 anos do assassinato de Malcom X

Malcom X (Imagem: Reprodução)
Malcom X (Imagem: Reprodução)

Aconteceu em 21 de fevereiro de 1965. Morre a tiros, três meses antes de completar 40 anos de idade,  umm dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Ele tinha apenas seis anos de idade – nasceu em 19 de maio de 1925 – quando seu pai foi assassinado por membros de grupos racistas, espancado e colocado

na linha do trem. Ele cresce, se perde e se encontra com a fé e a consciência de si na cadeia. Livre, passa a defender a resistência dos negros por “qualquer meio necessário”, inclusive a violência, como sinônimo de autodefesa.

Seu discurso ácido gera incômodo nos Estados Unidos. Os brancos temem que suas declarações incentivem revoltas em massa. E o matam! Com mais de dez tiros!  Os assassinos? Supostamente membros da Nação do Islã. Mas a pergunta sem resposta, até hoje, é: Quem mandou matar Malcom X?”

“Estou aqui para vos dizer que acuso o homem branco.
Acuso-o de ser o maior assassino da Terra.
Acuso-o de ser o maior raptor da Terra.
Não há lugar na Terra onde o homem possa ir e dizer que ele criou paz e harmonia.
Onde quer que ele tenha ido, criou a desordem.
Onde quer que tenha ido criou a destruição.
Por isso o acuso de ser o maior raptor da Terra.
Acuso-o de ser o maior assassino da Terra!
Acuso-o de ser o maior ladrão e escravizador da Terra!
Ele não pode negar as acusações…
Somos delas a prova viva!…”

O pesadelo americano

140 anos da assinatura da Partilha da África

Divisão da colonização (Imagem: Adaptação de Ario Nauro Cartuns)

Era 26 de fevereiro de 1885 quando, sentados a uma mesma mesa, com o mapa do continente africano reproduzido em 5 metros de comprimento e afixado na parede, 14 homens brancos – representando 14 países –  definiram os “princípios” que deveriam regular os direitos de navegação nos grandes cursos d’ água do continente africano, bem como a sua  configuração geográfica, sem levar em conta – mais uma vez – o povo.  Trataram a  África como terra de ninguém e a deixaram em pedaços, com o  saque de todas as riquezas naturais do território… 

Partilha da África

330 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares
Ilustração de Zumbi dos Palmares (Imagem: Reprodução)

Na atualidade, o 20 de Novembro é feriado nacional, Dia Nacional da Consciência Negra. Isso porque neste dia, no ano de 1695, o capitão Furtado de Mendonça executou nosso líder da resistência, que foi decapitado, teve a cabeça salgada e  exposta em praça pública de modo a acabar com o mito da sua imortalidade. Mas nada adiantou. O neto de Aqualtune, sobrinho de Ganga Zumba, parceiro de Dandara, vive!

Zumbi, líder da resistência

2ª Década Internacional para os Afrodescendentes

Com o tema “Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”, está em vigor de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2034, a Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes. A decisão foi adotada, por consenso, em 17 de dezembro de 2024, na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

A renovação, de acordo com comunicado conjunto dos ministérios da Igualdade Racial e das Relações Exteriores, representa uma nova oportunidade para que afrodescendentes possam usufruir plena e efetivamente dos benefícios do desenvolvimento sustentável e de todos os seus direitos humanos.

Na avaliação do governo, a Primeira Década contribuiu para a consolidação progressiva de agenda internacional para a promoção e defesa dos direitos das pessoas de ascendência africana.

A conferir. Que cada um, cada uma, faça a sua parte.

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3 comentários em “PN 2025 – marcos e marcas da nossa história”

  1. Perfeito o que foi escrito sobre Bob Marley até o presente momento e só li sobre Bob Marley li algumas coisas de outras pessoas personalidade mas não foi tão completo como lide Bob Marley.

    Conta tudo que tá escrito sobre Bob Marley E como está completo em relação a todos os artistas e personalidades está muito bom.

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