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Rosana Paulino e a arte de humanizar mulheres negras

A primeira artista visual negra a ter o título de doutora e a ganhar exposição individual em uma das maiores instituições de arte do país é, também, pioneira na discussão sobre raça e gênero na arte nacional.

Rosana Paulino (Foto: Daniela Paoliello)
Rosana Paulino (Foto: Daniela Paoliello)

Rosana Paulino, uma artista extraordinária cuja obra transcende a arte para tocar em questões profundas de raça, gênero e memória. Rosana, a primeira artista visual negra doutora no Brasil, tem sua arte como um poderoso instrumento de diálogo e transformação. Sua exposição “A Costura da Memória” na Pinacoteca de São Paulo é apenas um dos muitos marcos de sua carreira brilhante. Neste artigo, conheça mais sobre essa artista que usa a costura, a gravura e a instalação para tecer narrativas poderosas sobre a experiência negra, especialmente das mulheres, no Brasil.

Ano 1900, final do século XIX – É construído o edifício da Pinacoteca de São Paulo, um dos mais importantes museus de arte do Brasil, no Jardim da Luz, centro de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi para ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios.

Ano 2018, início do século XXI – Após 25 anos de carreira, a primeira artista negra brasileira, referência nacional reconhecida para além de nossas fronteiras, após 25 anos de carreira, conquista espaço para a exposição individual itinerante  A Costura da Memória, na Pinacoteca de São Paulo.

A notícia

“A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta, de 8 de dezembro de 2018 até 4 de março de 2019, a exposição Rosana Paulino: a costura da memória, que ocupa três salas do 1º andar da Pina Luz. Com curadoria de Valéria Piccoli e Pedro Nery, curadores do museu, trata-se da maior exposição individual da artista em uma grande instituição no país.

Reconhecida pelo enfrentamento de questões sociais que despontam da posição da mulher negra na sociedade contemporânea, a artista apresenta mais de 140 obras produzidas ao longo de vinte e cinco anos.

A mostra encerra o ano dedicado às artistas mulheres na Pinacoteca.”

Este o texto histórico – contido na programação oficial da Pinacoteca -, que marca o pioneirismo desta artista visual negra que escancara suas buscas pessoais e reflexões para ressignificar a história do negro o Brasil.

O nascimento

Voz singular em sua geração, Rosana Paulino surge no cenário artístico paulista em meados dos anos 1990, propondo, com audácia, um debate aberto sobre questões de raça e de gênero.

Sua primeira obra coloca 1.480 pares de olhos, todos familiares seus, encarando insistentemente o observador de sua arte, em Parede da Memória , 1994. Três anos, depois, em 1997, traz imagens incômodas de mulheres com olhos e boca suturados por uma costura grosseira na série que chamou Bastidores.

Série Bastidores.
Uma das peças da série Bastidores, 1997.

Tudo fala de violência exercida sobre corpos negros, de silenciamento, de invisibilidade, mas também de persistência. Seu mote é a representação dos negros, a sua quase ausência nos mais variados aspectos da vida dos brasileiros e na história, sobretudo na história das artes visuais.

Para escrever esta narrativa que não começa, não se limita nem se encerra no período de escravidão, Rosana Paulino se volta ao próprio existir e, assim, faz nascer a  sua arte.

Arte?!

Os primeiros trabalhos já revelam o modo experimental com que se manifestaria e como sua obra seria questionada pela Academia, que insiste em diferenciar arte e o que qualifica como arte-artesanato(?!). 

Sua instalação, a Parede da Memória, se constrói a partir da reprodução de onze pequenos retratos de família que se multiplicam e se agrupam em diferentes combinações, inseridos em almofadas preenchidas com algodão e emolduradas por uma costura manual ao modo de patuás.

Parede da memória.
Parede da memória. 8,0 x 8,0 x 3,0 cm cada elemento – 1994.

Este tipo de questionamento que diferencia arte de arte-artesanato, na análise de Rosana Paulino, é “típico de uma sociedade que não enxerga a produção do outro como produção intelectual, e que tenha valor por si só em trazendo aspectos da sua cultura”.

O artista traz suas especificidades para a sua obra. Eu absorvo esta experiência típica da minha cultura. A partir do momento que trago um elemento tido como primordialmente feminino, trago também questionamentos, porque a costura é uma atividade desvalorizada e minha mãe foi bordadeira durante muito tempo para ajudar nos nossos estudos. Quer dizer, a costura tem, para mim, uma questão afetiva.

Os patuás – pequenas peças usadas como amuletos de proteção por religiões de matriz africana – fazem parte da memória da artista, da sua infância, bem como os retratos de família. E é assim que ela expressa a busca por identidade, na reunião de todos, para tornar manifesta a força da representação.

Em outras palavras, arte inclui raiz, ancestralidade. Ou, como ela resume: “Todo artista bebe na própria fonte.

E Rosana permite que tudo se mescle, se misture, reproduzindo fotos em tecido a partir de métodos próprios de criação. Com liberdade, associa saberes populares a diferentes técnicas artísticas, permite o diálogo com a história da arte não só em suas instalações, gravuras, desenhos, esculturas e no que mais encontrar, sempre a serviço do questionamento da visão colonialista da história que subsidia a (falsa) noção de democracia racial brasileira.

Costura da Memória

Sua exposição pioneira reuniu as suas das primeiras obras decisivas, do início de sua carreira: Bastidores Parede da Memória.

A primeira, já referenciada neste artigo, traz uma série de suportes para a prática do bordado com a reprodução de fotografias de mulheres de sua família, impressas sobre tecido, com linhas pretas amordaçam gargantas e vedam olhos de mulheres negras.

O termo bastidor é, ao mesmo tempo, o suporte para a obra e o cenário de violência contra a mulher. A expectativa da delicadeza do bordado é contrariada na denúncia da violência camuflada pelas paredes domésticas.

A segunda obra, de maior visibilidade, é a das 1480 imagens, dos 1480 pares de olhos, Parede da Memória, feita em tecido, microfibra, xerox, linha de algodão e aquarela, com elementos de 8,0×8,0x3cm, um trabalho fundamental na discussão negra da arte contemporânea.

Parede da Memória, detalhe.
Parede da Memória, detalhe. (Tecido, microfibra, xerox, linha de algodão e aquarela. 8,0 x 8,0 x 3,0 cm cada elemento – 1994/2015.)

É ela quem diz: Parede da Memória é uma instalação para homenagear e proteger seus antepassados.

Com este jeito de fazer arte, de investigar, de forma natural, a sua ancestralidade, em uma poética e poderosa denúncia sobre a invisibilidade de negros e negras, que não são percebidos como indivíduos, mas como um grupo de anônimos, a jornada de Rosana Paulino enfrenta os desafios dos pioneiros e pioneiras que ousam contar de si.

Suas obras têm a experiência da mulher negra refletida não só no conteúdo como na forma, o que também explica ser a costura é um dos elementos mais presentes.

Violência

A primeira artista negra brasileira a ter o título de doutora tem diploma da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Com a pesquisa Imagens de Sombras, na qual investiga a construção da imagem da mulher negra no Brasil, entre as marcas deixadas pela escravidão e desigualdades de gênero, Rosana Paulino não só doutorou-se em Poéticas Visuais, como conquistou Prêmio Nacional de Expressões Afro-Brasileiras, em 2011.

Rosana Paulino, foto: Marcus Leoni
Rosana Paulino. (Foto: Marcus Leoni).

Denunciar a violência é uma das ações permanentes na sua arte. Antes, entre 2005 e 2008, na série Ama de Leite, Rosana propôs formas dissociadas que retiram a subjetividade de esculturas sem rostos e membros, expondo a visão escravocrata que desconsiderava o fato de existir um ser humano cumprindo a função de ama de leite – e ela coloca fitas coloridas presas aos muitos pares de seios, tal como um fluxo de leite, saindo em direção a bonecos presos nas extremidades.

Assentamento

A fotografia é pensada em diálogo com o desenho e a gravura na série Assentamento, na qual Rosana quer ressignificar as pseudociências, que tentaram justificar a exploração dos negros durante o regime escravocrata.

Assentamento, sala.
Assentamento, vista parcial da sala, 2013.

Para isso, ela utiliza retratos de “tipos brasileiros” produzidos pelo fotógrafo francês Auguste Stahl (1824-1877) para o livro Viagem ao Brasil, de Louis Agassiz, naturalista suíço que investiga teorias de superioridade racial!!!

Faz reproduções dessas fotografias em tamanho natural, impressas em tecidos, recortadas e rearranjadas em costura rústica, que expõem suturas entre as partes mutiladas da imagem.

Intervenções gráficas sinalizam o processo de cicatrização e enraizamento, metáfora do trauma das pessoas que foram sequestradas de seus territórios pela escravidão e a necessidade de “refazimento”, como estratégia de sobrevivência.

“A figura que deveria ser uma representação da degeneração racial a que o país estava submetido, segundo as teorias racistas da época, passa a ser a figura de fundação de um país, da cultura brasileira. Essa inversão me interessa”, comenta a artista.

A série, segundo ela, se concentra na reflexão do sequestro da cultura de africanos e africanas que, mesmo assim, conseguiram reconstruir, mas seguiram com marcas:

“Eu reconstruo essas imagens, faço suturas nas fotos, mas dá pra perceber que as partes não se encaixam perfeitamente: isso é a escravidão”.

Com o mesmo propósito, em ¿História Natural?, de 2016, ela se vale da forma mais clássica de divulgação e propagação do saber ocidental, os livros, para questionar as teorias cientificistas utilizadas para justificar a escravidão.

 ¿História Natural?, 2016.
¿História Natural?, 2016. (Técnica mista sobre imagens transferidas sobre papel e tecido, linoleogravura, ponta seca e costura.)

 As filhas de Eva , as séries Musa paradisíaca e Geometria Brasileira também insistem neste questionamento do olhar estrangeiro, dos viajantes que percorreram o Brasil durante o século XIX, olhar que exclui e/ou “exotiza” a sociedade brasileira e a escravidão.

Grandes tecidos compostos de partes costuradas, com imagens transferidas de  fotografias ou gravuras existentes, chamam atenção para a violência com que é tratada a população negra e convida à reflexão crítica sobre a contemporaneidade e a vida da própria artista.

Ciência pura

Rosana Paulino não é negacionista, é mulher, negra, antirracista e fascinada pelo conhecimento científico e, em especial, pela ideia da vida em eterna transformação.

Tal paixão se revela em seus desenhos – um aspecto pouco abordado em sua obra. Mas tudo sem perder o foco: raça e gênero.

O estudo da biologia simbólica a fez criar uma série de desenhos intitulada Os ciclos da vida de um inseto, com reflexões filosóficas que buscam estabelecer simetrias com as mutações no corpo feminino:

“A mulher é ligada aos insetos em algumas culturas e eu busco quebrar com estereótipos de gênero ao refletir sobre a força da natureza feminina”.

O mesmo tema das transformações aparece na instalação Tecelãs, com cerca de 100 peças em faiança, terracota, algodão e linha, em espaço tridimensional.

Tecelãs
Tecelãs, vista parcial da sala, 2003.

O barro, aliás, é outro elemento fundamental e ancestral no trabalho da artista que cresceu sendo estimulada por sua mãe a criar brinquedos a partir do barro do rio Tietê, que atravessa a capital paulista.

Três em uma

Artista visual negra, Rosana Paulino entende que em seu projeto de vida é preciso multiplicar-se. E isso vale para todos que se propõem fazer arte negra:

“É preciso fazer arte, fazer pesquisa e fazer curadoria. Se não criamos e registramos a arte negra ninguém fará isso em nosso lugar” – ensina quando assume as personas professora, palestrante, formadora de opinião.

Sim, hoje, ela é referência nacional reconhecida para além de nossas fronteiras. E é fato, também, que demorou mais de duas décadas para ver sua obra exposta em uma instituição tradicional como a Pinacoteca de São Paulo, e que passou a ter uma presença consolidada no mercado de arte tem menos de dez anos.

Para Rosana Paulino, a arte é uma necessidade:

“Se eu não crio, eu não durmo, fico doente” – confessa.

E à sua necessidade, ela junta a teimosia:

“A todo momento, estou pensando o país como sempre foi visto e como é visto até hoje. Como se fosse um imenso armazém onde gente, fauna e flora estão aí pra ser explorados.

Currículo internacional

A doutora em poéticas visuais tem em seu currículo residência artística no Tamarind Institute da University of New Mexico, Estados Unidos (EUA) – projeto financiado pelo Departamento de Estado daquele país, de proporcionar a artistas brasileiros experiências com mestres impressores do instituto.

Rosana paulino em seu ateliê, fala sobre sua trajetória e ideias.

Estudou, aprendeu e criou como bolsista da Fundação Ford, em Nova York, nos Estados Unidos, entre 2006 e 2008, e no Bellagio Center, da Fundação Rockefeller, na Itália, em 2014.

A somar-se, uma especialização em gravura no London Print Studio, em Londres, Inglaterra, em 1998, com bolsa concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes.

Seu trabalho foi exposto nas individuais Atlântico Vermelho, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, Portugal, e Mulheres Negras – Obscure Beauté du Brésil, no Espace Cultural Fort Grifoon à Besançon, França.

Em mostras coletivas, marcou presença na África do Sul,  South-South: Let me Begin Again, Goodman Gallery, Cidade do Cabo; na Bélgica,  Incorporations – Europália 2011, La Centrale Eletrique, Bruxelas; em Holanda, Roots and more: the journey of the Spirits, no Afrika Museum, e na França, Côte à Côte – Art Contemporain du BrasilCapcmusée d´Art Contemporain – Bordeaux.

Um de seus trabalhos faz parte da coleção permanente do Museu de Arte da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

No Brasil

Antes de Rosana Paulinho: A Costura da Memória, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na capital paulista, em 2018/2019, seu trabalho ocupou espaços no Museu de Arte Contemporânea de Americana – com Assentamento; na Galeria Virgílio, São Paulo – Tecido Social; no Museu de Arte Contemporânea da USP – Mulheres Artistas / Olhares Contemporâneos, e na Fundação Bienal de São Paulo , na +500 Mostra do RedescobrimentoArte Afro-Brasileira, entre outros.

Além da expressiva representação de pessoas negras não escravizadas de Parede da Memória, que pertence à coleção da Pinacoteca, a artista possui obras no acervo de importantes espaços, como o Museu de Arte Moderna e o Museu Afro Brasil, ambos em São Paulo.

Como curadora, inaugura, em 2016, ao lado da designer Diane Lima, a mostra Diálogos Ausentes, no Itaú Cultural, que discute a produção de artistas afro-brasileiros contemporâneos.

Paulino fala sobre seu interesse pela arte, suas pesquisas e sobre a mulher negra na sociedade.

Em 2017, conquista os prêmios Bravo e ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte, na modalidade Arte Contemporânea.

Três décadas de arte

Ano 2024 – De 22 de março a 10 de junho, quem passa pelo Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires – Malba pode conferir a exposição ‘Amefricana‘, da artista paulistana Rosana Paulino. Ela é a primeira mulher negra a expor sua arte, sozinha – mostra individual mesmo – , no museu argentino! Mais um pioneirismo!

A exposição, que marca os seus 30 anos de carreira como artista visual, Rosana apresenta uma seleção especial de trabalhos realizados desde 1994. Um deles é um grande álbum de família com retratos de seus antepassados, citados acima neste artigo.

A proposta é uma reflexão sobre a diáspora africana no Brasil e nas Américas, com a influência do Atlântico na cultura da América Afrodescendente, e inclui instalações, desenhos, gravuras, bordados e esculturas que abordam a escravização e a violência sofrida pela diáspora africana no Brasil.

“Espero que com essa exposição possamos começar uma conversa maior com os artistas contemporâneos latino-americanos, e principalmente com os artistas negros latino-americanos, porque eles existem”.

Este o recado, em palavras, de Rosana Paulino, a paulistana que nasce no início da ditadura militar, em 1967.

Fontes: El Pais, Pinacoteca, Das Artes, Wikipedia

atualizado em 25/4/2024

Rosana Paulino: Tecendo Memórias e Humanizando Histórias de Mulheres Negras

Rosana Paulino é uma artista visual brasileira cuja obra é reconhecida por abordar questões de raça, gênero e memória, com foco especial na experiência das mulheres negras na sociedade contemporânea. Com uma carreira que se estende por mais de 25 anos, Paulino é pioneira na discussão sobre esses temas na arte nacional. Sua exposição individual “A Costura da Memória”, realizada na Pinacoteca de São Paulo em 2018, marcou um momento histórico ao ser a maior exposição individual de uma artista negra em uma grande instituição no país. Através de mais de 140 obras, Paulino explora a violência exercida sobre corpos negros, o silenciamento, a invisibilidade, e a persistência da memória e identidade negra, utilizando técnicas que vão desde a costura até a gravura e a instalação.

Quem é Rosana Paulino? Rosana Paulino é uma artista visual brasileira, pioneira na discussão sobre raça e gênero na arte nacional, conhecida por sua obra que aborda a experiência das mulheres negras na sociedade.

Quais são as principais temáticas exploradas por Rosana Paulino em sua obra? As principais temáticas incluem raça, gênero, memória, a violência contra corpos negros, o silenciamento, a invisibilidade, e a celebração da memória e identidade negra.

Qual é a importância da exposição “A Costura da Memória” de Rosana Paulino? “A Costura da Memória” é importante por ser a maior exposição individual de uma artista negra em uma grande instituição no Brasil, marcando um momento histórico na Pinacoteca de São Paulo e destacando a contribuição de Paulino para a arte contemporânea.

Como Rosana Paulino utiliza a costura em sua arte? Paulino utiliza a costura como uma metáfora para a reconstrução da memória e identidade, explorando a costura tanto como técnica artística quanto como elemento simbólico ligado à experiência feminina e afro-brasileira.

Qual é o legado de Rosana Paulino para a arte brasileira? O legado de Rosana Paulino inclui a abertura de novos caminhos para a discussão de raça e gênero na arte brasileira, a humanização das mulheres negras através da arte, e a inspiração para novas gerações de artistas a explorar suas identidades e histórias em suas obras.

1 comentário em “Rosana Paulino e a arte de humanizar mulheres negras”

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