Pular para o conteúdo
InícioPioneirismo NegroRuby Bridges, primeira criança negra, do sul dos EUA, a ir à escola com o fim da segregação racial

Ruby Bridges, primeira criança negra, do sul dos EUA, a ir à escola com o fim da segregação racial

Você já ouviu falar de Ruby Bridges? Imagine ter apenas 6 anos e se tornar o centro de uma luta histórica contra a segregação racial. Ruby não era apenas uma criança indo para a escola; ela estava pisando em território inexplorado, desafiando normas sociais arraigadas no sul dos Estados Unidos. Sua jornada para a William Frantz Elementary School em Nova Orleans não foi apenas um passeio até a escola, mas um passo gigantesco para a igualdade racial. Vamos mergulhar na história dessa pequena, mas poderosa heroína.

Com 6 anos de idade, Ruby Bridges tornou-se voluntária, pelos seus pais, para participar de um procedimento de integração em uma escola de brancos do sul dos Estados Unidos da América, região que insistia em não respeitar a lei pelo fim da segregação racial. Ruby Bridges foi aceita por imposição da Justiça e estudou no Jardim da Infância da William Frantz Elementary School, de Nova Orleans.

O caminho para escola no seu primeiro dia de aula foi marcado por apalpamentos ruidosos de donas de casa e adolescentes brancos enraivecidos, medo e racismo. E quando entrou na escola, Ruby encontrou um espaço silencioso e vazio. Mães furiosas tiraram as suas crianças da escola, alegando que elas só voltariam quando a menina negra saísse. Os professores também se recusaram a trabalhar, à exceção da educadora Barbara Henry. Assim, por todo o ano letivo, a escola ensinou apenas para cinco alunos. Ruby e outros quatro estudantes brancos.

O caminho

Mas chegar e sair da escola não foi um desafio só no primeiro dia de aula. Os protestos na rua eram constantes e recheados de violência física e psicológica. Era uma mulher que protestava do lado de fora com um caixão de criança coberto por uma camisola negra, outra que prometia envenenar a menina, outros ainda que atiravam objetos em seu corpo, gritavam palavras pesadas, desrespeitosas…

A situação era tão grave que durante meses, Ruby, com seus 6 anos de idade, teve que ir e voltar da escola acompanhada por agentes federais.

Mesmo assim, “ela não desistiu, não chorou, sequer fraquejou. Era uma pequena soldada” – palavras de Charles Burks, um dos policiais que a escoltavam.

Seus pais também não escaparam. Foram severamente ameaçados, perseguidos. Todos aguentaram e, no ano seguinte, Ruby não estava mais sozinha na escola. Inspirados por sua coragem e pela coragem de sua família, outras crianças negras foram matriculadas na William Frantz Elementary School.

História

Ruby Bridges é um ícone do movimento pelos direitos civis e o seu livro “Through My Eyes” conta a história de como era ser uma garota negra de 6 anos de Nova Orleans, Louisiana, que preparou o terreno para a integração escolar.

Em 1954, ano em que Ruby nasceu, o Supremo Tribunal dos EUA ordenou o fim do “separados mas iguais” na educação para crianças africano-americanas. Escolas no sul do país ignoraram a decisão.  À Louisiana foi dado o prazo até final de setembro de 1960, para integrar as escolas de Nova Orleans. Elas começariam com os Jardins de Infância  e iriam  integrar um ano escolar de cada vez.

Ruby Bridges era apenas uma das cinco crianças negras que passaram no teste para determinar quais crianças seriam enviadas para as escolas dos “brancos”. O teste foi criado para impedir as crianças negras de conquistarem uma vaga. Mas Ruby se destacou intelectualmente e, por isso, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor procurou os Bridges para que Ruby fosse uma das primeiras crianças negras a estudar numa tradicional escola de brancos. Mesmo receosos, os pais autorizaram.

Ruby Bridges vive em Nova Orleans. Criou, em 1999, a Fundação Ruby Bridges que, além de combater o racismo, trabalha com inclusão social.

Fontes: 

“http://novoeantigo.wordpress.com/2010/11/20/imagens-ruby-bridges/”

“http://ppaberlin.com/2011/11/13/a-pequena-ruby-bridges-e-a-historia-do-racismo-nos-eua/”

 
 

Ruby Bridges: A Jornada de Uma Pequena Heroína Contra a Segregação no Sul dos EUA

Aos 6 anos, Ruby Bridges tornou-se a primeira criança negra a frequentar uma escola de brancos no sul dos Estados Unidos, marcando um momento crucial na luta contra a segregação racial. Em 1960, desafiando protestos violentos e isolamento, Ruby foi escoltada por agentes federais até a William Frantz Elementary School em Nova Orleans, onde estudou sozinha, ensinada pela dedicada professora Barbara Henry. A coragem de Ruby e de sua família não apenas pavimentou o caminho para outras crianças negras, mas também se tornou um marco na história dos direitos civis, inspirando mudanças e promovendo a igualdade.

Quem foi Ruby Bridges? Ruby Bridges foi a primeira criança negra a frequentar uma escola de brancos no sul dos EUA, tornando-se um ícone da luta contra a segregação racial.

Qual escola Ruby Bridges frequentou? Ruby Bridges frequentou a William Frantz Elementary School em Nova Orleans.

Como Ruby Bridges foi recebida na escola? Ruby foi recebida com hostilidade, protestos violentos e isolamento, com todas as outras crianças sendo retiradas da escola por seus pais.

Quem ensinou Ruby Bridges durante seu primeiro ano? Durante seu primeiro ano, Ruby foi ensinada sozinha pela professora Barbara Henry, a única educadora disposta a ensiná-la.

Qual foi o impacto da história de Ruby Bridges? A história de Ruby Bridges teve um impacto profundo na luta pelos direitos civis, inspirando outras famílias negras a desafiar a segregação e promovendo a integração escolar no sul dos EUA.

7 comentários em “Ruby Bridges, primeira criança negra, do sul dos EUA, a ir à escola com o fim da segregação racial”

  1. Se não fosse vergonhosa, seria linda a história. Infelizmente, temos que nos deparar com fragmentos e vidas inteiras, acabadas pela ignorância dos animais racionais, os humanos NÃO HUMANIZADOS, quanta sequela deve existir no corpo, no olhar e na alma dessas pessoas negras que foram ultrajadas socialmente.
    Minhas desculpas pelos horror causado pelas pessoas malvadas/ignorantes.

    Att. Edilson Brito – MA -Brasil

    britus34@gmail.com

    1. Tania Regina Pinto

      Edilson, obrigada por seu comentário. Agora somos um site e estamos no Instagram também. Vem com a gente

    1. Tania Regina Pinto

      Obrigada por estar com a gente. Agora viramos um site primeirosnegros.com- depois de mais de 10 anos de caminhada
      Segue a gente. Estamos no Instagram também

  2. Parabéns pela matéria.
    Parabéns à todos os negros que lutaram e continuam lutando por sua liberdade e por igualdade.

  3. Jackson da Silva moura

    Eu me pergunto, se nós que hoje conseguimos exergar quão horivel era a discriminação naquela epoca ,como agirianos ? Pois as pessoas carregavam isso de geração em geração,em um país que é potência mundial e ainda hoje tem focos desse racismo. Julgar errado e pela lógica era ,é mais facil hoje com tudo que foi conquistado pela luta de homens e mulheres comos esta, em comparação com o holocausto em que milhões foram masacrados e a população alemã em grande parte sabendo o que se passava ” lavaram as mãos” se é que podiam fazer algo. Que bom que passou e hoje podemos pegar como exemplo e nos tornarmos pessoas melhores ainda há muito pra melhorar , no Brasil e no mundo mas que bom que hoje cada vez mais o ser humano tem tido seus direitos reservados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *