•EDIÇÃO•
Começo, meio, começo… Axé!
dezembro 2024 e janeiro 2025
Imagem: Bassirou Diomaye, Beatriz Souza, Rebeca andrade e Macaé Evaristo, no fundo artigos do ano de 2024 (Imagem: Reprodução)
As filosofias africanas nos contam que tudo é circular, como os ciclos do sol, como o tempo, tudo sempre em espiral, uma espiral sem fim, começo e meio e começo e meio e começo e meio…
O fim é invenção do Ocidente e nosso desafio permanente é transitar entre as verdades do espaço geográfico onde vivemos e a nossa condição de corpo-território, de corpo-encruzilhada, uma vez que o nosso corpo é o nosso caminho de existência, de resistência, de re-existência, com um mundo de possibilidades, muito além do sim ou não, do certo ou errado, do direita ou esquerda…
E esta edição acaba, por intuição, propondo este movimento, com a retrospectiva 2024, as grandes celebrações de 2025 e a saudação aos orixás, que nos contam de nossa cosmo percepção, de nossa existência como parte da natureza, da terra, do ar, da água, do fogo, como nos fala Nego Bispo, filósofo quilombola que, há um ano, está no Orun… Tudo é em nós de acordo com nossos ciclos de existência, entre concepção, nascimento, vida e morte. Morte que se confunde com vida, uma vez que somos sempre sementes.
E é por isso que unimos o fim e o começo com a saudação aos orixás. Na despedida, PN Retrô, nossa retrospectiva com ênfase no pioneirismo negro em 2024. Para os próximos 365 dias do ano, Marcos e marcas da nossa história 2025, que nos levam a refletir sobre quem poderemos voltar a vir a ser…