Você já conhece a história de Lupita Nyong’o? Ela não é apenas uma atriz incrivelmente talentosa; Lupita é um verdadeiro ícone de superação e pioneirismo. Nascida na Cidade do México e criada no Quênia, Lupita quebrou barreiras ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “12 Anos de Escravidão”. Mas sua história vai muito além disso. Vamos mergulhar na jornada dessa estrela que, com sua arte e ativismo, continua a inspirar pessoas ao redor do mundo.
Ela é a primeira atriz africana, queniana e mexicana a ganhar um Oscar, o prêmio mais importante do cinema .
É isso. Lupita Amondi Nyong’o é uma atriz queniano-mexicana. Nasceu na Cidade do México, em 1º de março de 1983. Seu pioneirismo foi por conta da atuação como atriz coadjuvante no drama histórico americano 12 anos de Escravidão (12 Years a Slave), do diretor Steve McQueen.
A conquista do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante faz de Lupita a sexta atriz negra a ganhar um Oscar, a primeira atriz africana a ganhar o prêmio, a primeira atriz queniana a ganhar o prêmio, a primeira mexicana a ganhar o prêmio e a 15ª atriz a ganhar um Oscar para uma atuação de estreia em um longa-metragem.
A personagem Patsey, uma escrava que trabalha ao lado de Northup em uma plantação de algodão Louisiana, de 12 anos de Escravidão (2013), foi seu primeiro papel de destaque.
O filme conta a história de Solomon Northup (interpretado por Chiwetel Ejiofor), um afroamericano nascido livre, no interior de Nova York, que é sequestrado e vendido como escravo em Washington, no ano de 1841.
Além do Oscar e do SAG Award, Lupita foi indicada para vários outros prêmios como Melhor Atriz Coadjuvante, incluindo Independent Spirit Awards, Broadcast Film Critics Associa(tion Award, Washington D.C. Area Film Critics Association, Phoenix Film Critics Society.
Entre as indicações, Globo de Ouro, BAFTA, SAG Award, London Film Critics Circle e New York Film Critics Circle.
Carreira
Atriz com mais de dez filmes, Lupita começou sua carreira no cinema trabalhando como parte da equipe de produção de diversos filmes, incluindo The Constant Gardener, de Fernando Meirelles.
Em 2008, estrelou o curta-metragem 2008 East River, dirigido por Marc Grey e filmado no Brooklyn.
Em 2009, escreveu, dirigiu e produziu o documentário In My Genes, onde mostra o cotidiano de oito quenianos albinos e a luta deles contra o preconceito. O documentário foi exibido em vários festivais de cinema e conquistou o primeiro prêmio no Five Colégio Film Festival.
Lupita também dirigiu o vídeo da música The Little you do por Wahu, caracterizando Wine Bobi, que foi indicado para o prêmio de Melhor Vídeo nos MTV Africa Music Awards 2009.
Matriculou-se no programa de mestrado em atuação na Yale School of Drama, apareceu em várias produções teatrais, e ganhou o Prêmio Williams Herschel para estudantes que atuam com notável capacidade, durante o ano letivo de 2011-2012.
Na série de televisão queniana Shuga, um drama sobre HIV/AIDS focado em prevenção, bancado pela Unicef, Lupita foi a protagonista Ayira, na primeira e segunda temporadas.
No seu currículo, também, o pequeno papel de Gwen, uma atendente de reserva de vôo ao lado de Liam Neeson e Julianne Moore no thriller de ação Non-Stop (2014).
Em junho de 2015 e 2019, Lupita foi escolhida para estrelar Maz Kanata, respectivamente, em Star Wars: The Force Awakens, de 2015, e Star Wars: Episode IX. E em setembro do mesmo ano teve participação especial na conhecida série para crianças Rua Sésamo, para falar sobre diferenças de pele.
A indicação ao Tony de Melhor Atriz em 2015 coube ao seu aclamado desempenho na peça teatral Eclipsed.
Em julho de 2016, Lupita viveu Nakia, uma das personagens de Wakanda, no filme Black Panther.
Beleza
Em abril de 2014, Lupita Nyong’o foi eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista People, numa lista de 50 mulheres. E, dois meses antes, no Essence Mulheres Negras, em Beverly Hills, ela havia feito um discurso sobre a beleza das mulheres negras e as inseguranças que tinha na adolescência. Na época, a supermodelo sul-sudanesa Alek Wek foi fundamental para que se visse com outros olhos.
2014 também lhe valeu o título de “Africana do Ano”, pela revista togolesa Africa Top Success; e menção na canção Nuthin do rapper Lecrae, em seu álbum Anomaly, assim como a música paródia Girls, dos cantores Willam Belli, Act Courtney e Alaska Thunderfuck.
Racismo
Mas ser eleita a mulher mais bonita do mundo não a poupou da discriminação por ter o cabelo crespo. Aos 35 anos, em entrevista à “Porter”, a atriz lembrou casos de racismo envolvendo suas madeixas:
“Meu cabelo, historicamente, tem sido evitado. Com que frequência você ouve ‘Você não vai conseguir emprego com o cabelo assim’?”. Afinal, lembrou, “meu cabelo natural, africano e crespo” sempre foi lido como um visual nada civilizado, selvagem, indomável – o que prejudica relações profissionais. “Ser capa de uma revista me preenche, pois é uma oportunidade para mostrar a outras pessoas escuras e de cabelo crespo, e particularmente nossos filhos, que eles são lindos do jeito que são”.
Em 2017, Lupita usou o Instagram para denunciar a discriminação da revista Grazia contra seu cabelo. Na época, ela foi capa da publicação, mas se surpreendeu quando viu que a revista havia “apagado” seus fios na edição das fotos.
“Se eu tivesse sido consultada, teria explicado que não posso apoiar ou tolerar a omissão do que é minha herança nativa, com a intenção de que eles entendam que ainda há um longo caminho a percorrer no combate ao preconceito inconsciente contra a pele das mulheres negras, cabelos, estilo e textura”, escreveu a atriz.
No Metropolitan Museum of Art, em Nova York, no começo do mês, no Met Gala 2019, em Nova York, Lupita Nyong’o decidiu também vestir uma bandeira política importante durante a travessia entre os holofotes. Com um impressionante vestido Versace em tons neon, a atriz também trouxe um penteado black power com uma coroa de cinco pentes-garfo dourados. De acordo com o seu hairstylist, Vernon François, as inspirações para a montagem do cabelo foram um autorretrato de Lauren Kelley, além de imagens da própria rainha Maria Antonieta:
“Nosso objetivo foi demonstrar o poder, a maleabilidade e toda a riqueza da textura natural do nosso cabelo”.
Raízes
A mãe de Lupita, Dorothy Nyong’o é diretora da Fundação do Câncer África e tem sua própria companhia de comunicação. Seu pai, Peter Anyang ‘Nyong’o, é professor universitário e político no Quenia. A atriz tem dois irmãos, Tavia e Isis.
O nome Lupita é uma carinhosa referência à padroeira do México, Nossa Senhora de Guadalupe.
Lupita Nyong’o é fluente em espanhol, inglês, luo e suaíli.
Fontes:
Lupita Nyong’o: Um Ícone de Talento e Pioneirismo no Cinema Mundial
Lupita Nyong’o, nascida em 1º de março de 1983 na Cidade do México, é uma atriz queniano-mexicana que alcançou reconhecimento global por seu papel como Patsey em “12 Anos de Escravidão”, dirigido por Steve McQueen. Sua atuação nesse drama histórico americano lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, tornando-a a primeira atriz africana, queniana e mexicana a receber tal honraria. Além de seu sucesso no cinema, Lupita tem uma carreira diversificada que inclui direção, produção e atuação teatral, destacando-se também como um símbolo de beleza e ativismo contra o racismo e a discriminação. Sua eleição como a mulher mais bonita do mundo pela revista People em 2014 e sua luta contra a discriminação capilar são apenas alguns dos aspectos que a tornam uma figura inspiradora além das telas.
Quem é Lupita Nyong’o? Lupita Nyong’o é uma atriz queniano-mexicana, conhecida por ser a primeira africana, queniana e mexicana a ganhar um Oscar, por sua atuação em “12 Anos de Escravidão”.
Por que Lupita Nyong’o é considerada pioneira? Ela é considerada pioneira por ser a sexta atriz negra a ganhar um Oscar, a primeira atriz africana, queniana e mexicana a fazê-lo, e por sua atuação de estreia em um longa-metragem ser premiada.
Quais são alguns dos principais filmes de Lupita Nyong’o? Além de “12 Anos de Escravidão”, Lupita atuou em filmes como “Pantera Negra”, “Star Wars: The Force Awakens” e “Us”.
Como Lupita Nyong’o tem contribuído para o ativismo social? Lupita tem usado sua plataforma para falar sobre a beleza das mulheres negras, as inseguranças que enfrentou na adolescência, e contra a discriminação capilar, tornando-se um ícone de beleza e representatividade.
Qual é a importância de Lupita Nyong’o na representação da beleza negra? Lupita Nyong’o desafiou padrões de beleza convencionais, sendo eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista People em 2014 e falando abertamente sobre a aceitação da beleza negra e a importância da representatividade.