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Etta Barnett, 1ª negra a cantar na Casa Branca

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Etta Moten Barnett está na história como a primeira afroamericana a cantar e tocar na Casa Branca. O fato aconteceu em 31 de janeiro de 1933 e quem a convidou foi o presidente Franklin D. Roosevelt para abrilhantar sua festa de aniversário.

1933 é também o ano de sua carreira no cinema, quando atuou no musical ”Gold Diggers of 1933”, dirigido por Mervyn LeRoy, em que interpretava uma viúva de guerra, cantando “My Man Forgotten” com Joan Blondell, e emprestou a voz na comédia romântica ”Professional Sweetheart”, assinada por William A. Seiter.

Seu nome, entretanto, só apareceu no seu terceiro e último filme, ”Flying Down to Rio” (Voando para o Rio), quando cantou “The Carioca”, com a menção The Black Singer (a cantora negra) nos créditos. ”Flying Down to Rio” tinha no elenco a mais famosa dupla de dançarinos de todos os tempos, Fred Astaire e Ginger Rogers.

Etta desistiu das telas porque lhe ofereciam apenas papéis que humilhavam a imagem dos negros. Mas seu talento já era reconhecido nas casas de espetáculo e pelos discos.

A vocalista

Filha única do pastor metodista, Rev. Freeman F. Moten e de Ida Norman Moten, Etta Moten Barnett começou a cantar ainda criança no coral da igreja. Depois, estudou música na Western University, uma universidade historicamente negra (HBCU) em Quindaro, Kansas, e completou sua formação na Universidade de Kansas, onde foi  descoberta durante apresentação em um recital e convidada a integrar a prestigiada Eva Jessy Choir, em Nova York. Etta foi considerada a rainha da voz.

Nos palcos da Broadway, interpretou a Bess do clássico ”Porgy and Bess”, atendendo ao convite pessoal dos próprios autores George e Ira Gershwin. Ira, inclusive, eliminou da letra de uma das músicas do espetáculo a palavra ”nigger” (negro) – que Etta se recusava a pronunciar.

Nos anos de 1950, passou a comandar o programa de rádio ”I Remember When” para a WMAQ (do grupo NBC). Em 1957, junto com o marido, Claude Barnett, fundou a Negro Associated Press (Imprensa Associada Negra) e passou a atuar também como jornalista, chegando a entrevistar Martin Luther King.

O casal Barnett viajou durante os anos 1950 integrando a delegação dos EUA para Gana. Etta também representou os EUA nas cerimônias independentes da Nigéria, Zâmbia e Lusaka.

Etta parou de se apresentar em 1952 devido a problemas vocais. Depois que seu marido morreu, em 1967, passou a viver em Chicago onde se tornou ativa no Conselho Nacional das Mulheres Negras, o Chicago Lyric Opera e do Museu Field.

Suas muitas distinções incluem graus honoríficos de Spelman College, Universidade Lincoln e da Universidade de Illinois; um prêmio por suas contribuições para a música americana por Atlanta University, e o estabelecimento de uma bolsa de estudos em seu nome para estudantes de minorias na Academia de Chicago para as Artes Cênicas.

Etta nasceu no dia 5 de novembro de 1901 na pequena Weiman, Texas, e viveu até 3 de janeiro, 2004.

Fonte: Wikipédia e http://www.aaregistry.org/historic_events/view/etta-moten-barnett-first-african-american-sing-white-house


1 comentário em “Etta Barnett, 1ª negra a cantar na Casa Branca”

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