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Selo PN Educação

Inspiração para aulas de História e Geografia

Propostas de conteúdo para atividades didáticas

Reprodução de Escultura “Sankofa” (Imagem: Photo credit: Museum of Archaeology and Anthropology, University of Cambridge)

História é a nossa disciplina do PN Educação mais robusta. E não por acaso. São muitos os acadêmicos e acadêmicas pretos e pretas que estão reescrevendo a história do Brasil, contando a verdadeira história do Brasil, que é preta na sua essência, na sua excelência.

Artigos contam da presença negra  em todas as lutas nacionais – independência, república, abolição – e de como sempre nos foi roubado o protagonismo, não só na hora de contar a história, como de usufruir das conquistas.

Os textos sobre o Quilombo dos Palmares, Zumbi e a Revolução do Haiti escancaram o medo branco da força negra que, desde sempre, faz com que sejamos cruelmente assassinados.

O Poder Legislativo do sistema escravocrata permanece o mesmo na República. No artigo 1º, parágrafo 1º, da Lei do Ventre Livre está escrito que “os ditos filhos menores ficarão em poder e sob a autoridade dos senhores de suas mães” e que, após os 8 anos de idade, “o senhor da mãe terá opção”, ou de receber uma indenização do Estado ou utilizar-se dos serviços do menor até os 21 anos. Já a lei da abolição, se resume a três linhas!

O protagonismo negro e feminino que garantiu a independência do país – só concretizado em 2 de julho de 1823 na Bahia com a expulsão das tropas portuguesas do território nacional – é encobertado por um Pedro, sobre um cavalo, às margens do riachinho do Ipiranga, em São Paulo. E o mesmo se repete na proclamação da República, obra do vereador afrodescendente José do Patrocínio e não do tal militar ao qual se refere a história oficial.

A luta trabalhista, a partir de greves, também começa com a gente, em 1857, quando negros de ganho – carregadores de coisas e pessoas, fundamentais na engrenagem da cidade –  paralisam o transporte, na capital baiana, por dez dias.

Na Bahia, também, destaque para a resistência das baianas do acarajé – trabalho concedido pelos orixás às mulheres. Até o final do século XIX, estas empreendedoras dos tempos da escravidão assumiram a luta para comprar a liberdade de escravizados e financiar terreiros de candomblé.

Na nossa forma de luta e religiosidade, aliás, uma das diferenças na jornada por liberdade negra nas Américas. No Brasil, a população negra foi 10 vezes maior e lá o racismo, sem disfarces, não criou o racismo que estrutura a nossa sociedade.

A partir da África, a primeira universidade do mundo e a história de Mahommah Gardo Baquaqua, que nasce no século XIX, estuda o Alcorão, Matemática e Literatura, e assina a única autobiografia conhecida por uma vítima do escravismo no Brasil. E, ainda, a edição Sankofa, a África que habita em nós, com mais de 20 artigos sobre o berço da humanidade.

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