De Machado de Assis – o maior escritor e cronista brasileiro de todos os tempos, criador da Academia Brasileira de Letras, negrão que teve a cor roubada – a Racionais MC’s, que transformou “Sobrevivendo no Inferno”, no primeiro álbum musical de leitura obrigatória no vestibular da Unicamp…

Da literatura brasileira, ainda, a escrevivência contundente de Conceição Evaristo, renovando a nossa disposição para a luta, mesmo diante da violência;  a escrita de Carolina Maria de Jesus, de Elisa Lucinda, Zélia Gonçalves,  Elizandra Souza,  Mél Adun, Fátima Trinchão, Stela do Patrocínio, Djamila Ribeiro, Auta de Souza, Miriam Alves, Nina Rizzi, Maria Beatriz Nascimento, Ana Maria Gonçalves…

Destaque para a africana Paula Chiziane, a primeira romancista moçambicana, e para a afroamericana Maya Angelou, atriz, jornalista, condutora de bondes, prostituta, poetisa que se ergue quantas vezes forem necessárias para afirmar a potência da raça.

Aqui, os homens também têm seu lugar. Entre eles, lembramos Solano Trindade, Cruz e Souza, Joel Ruffino, Lima Barreto,  Adão Ventura, Carlos Machado, Castro Alves, Oswaldo Camargo, Paulo Colina, Teodoro Fernandes,  Paulo Lins…

Em Português e Literatura, vale registrar a oportunidade de imersão no racismo embutido na Língua Portuguesa do Brasil, a partir de expressões utilizadas no cotidiano e que precisam ser banidas, em nome da construção de uma sociedade plural antirracista e antimachista.

A curiosidade fica com a história de Henrique Dias, o primeiro afrobrasileiro letrado. Negro forro, capitão-do-mato, guerrilheiro, que se destaca no batalhão de negros descalços e é considerado um dos fundadores das Forças Armadas.