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Política da cor

É urgente enegrecermos as urnas. Precisamos construir o processo eleitoral que contemple a nossa existência, pensar a nossa cidadania.

Erica Malunguinho Erika Hilton Abdias do Nascimento Urna Congresso
Erica Malunguinho, Erika Hilton e Abdias do Nascimento e seus pioneirismos na política brasileira. (Arte: Candido Vinícius sobre fotos de Patrícia Monteiro/BuzzFeed News/Reprodução)

Poder para o povo preto, na raça e no voto.

O Brasil que vivemos é fundado na colonização, na escravização, no racismo, no ódio que se perpetua – muitos morremos durante a pandemia, assassinados por armas, pelo vírus, pelo desprezo dos poderosos de plantão.

Não é tempo de fecharmos os olhos. O projeto político do Brasil Colonial, de genocídio do povo negro e indígena, que está em curso no país desde 1500, tem que ser detido pelo voto.

Não podemos seguir elegendo pessoas que não nos representam. Somos pretos, indígenas, mulheres, gays, lésbicas, trans, seres humanos diversos. Nossos políticos têm que ter nossa cara, para que nossos corpos, nossa identidade, nossas escolhas sejam respeitados. 

Erika Hilton
Erika Hilton, mulher trans e militante LGBTQIA+, foi a deputada mais votada nas eleições municipais de São Paulo. (Imagem: Pedro Maia Veiga)

Temos de assumir o projeto do Brasil que queremos, um país que contemple a nossa existência, sem balas perdidas que sempre acham nossos corpos. Não podemos seguir elegendo quem não nos quer vivos!

Justificar o voto nos correios depois da eleição, votar branco,  nulo é sabotar a própria cidadania. Informe-se. Regularize sua situação eleitoral. Valorize a sua existência. Somos seres políticos. Faça política.

Depois de Antonieta de Barros, primeira deputada estadual negra do Brasil, se passartam 61 anos, para que o primeiro negro assumisse o mesmo cargo em Santa Catarina!

Em 471 anos de história, a primeira capital do Brasil, Salvador, nunca foi governada por uma pessoa negra escolhida pelo voto popular. Lá,  80% da população se autodeclara preta ou parda. É a cidade mais negra do Brasil!

A gente precisa votar. Estimular nossos idosos, nossos jovens, nossas mulheres, adolescentes a votarem. Cada voto importa. Que se faça valer a força das 55,6 milhões de mulheres negras do Brasil! Somos maioria de mulheres e negros. 

Congresso Nacional
Congresso Nacional, Brasília. (Imagem: Congresso Nacional)

Registrarmos pioneirismos na política em pleno século XXI expõe nossa sub-representatividade nas esferas de poder e impõe uma maior responsabilidade em mudar esta história.

Que 2022 seja o ano da emancipação política do povo preto. A questão racial é uma questão nacional. Por uma política da cor do Brasil, que destrua os caminhos das exclusão.

No Sem Mordaça, vários textos se propõem também responder a uma das perguntas-tema desta edição: O que queremos?  

Acesse a edição “Política da cor“.

#poderparaopovopreto 

#pretovotaem preto

 #vote preto

# EleiçõesNegras2022 

#raçaevoto

Acompanhe a nossa edição Eleições Negras 2022.

2 comentários em “Política da cor”

  1. Pingback: Eleições Negras 2022

  2. Pingback: Silvio Humberto, do ativismo ao poder político

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