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•EDIÇÃO•

RASTAFARI

além dos dreads e da ganja,
um sonho de liberdade

maio 2024

Haile Selassie à frente da bandeira da Etiópia (Imagem: Reprodução)

Há quase um ano uso dreadlocks. Para mim, um rito de passagem, um renascer,   um re-descobrir-me, mal comparando, a moldura depois que você completa um quebra-cabeças de mais de cinco mil peças. Não, eu não estou pronta. Eu continuo aprendiz. Tão aprendiz que me incomodou saber tão pouco sobre a essência do que resolvi ostentar sobre minha cabeça – adoro o significado que conta que dreads era o cabelo usado por guerreiros do leste da África. Me sinto guerreira desde o ventre materno!

E é assim que nasce esta edição: eu lendo livros e textos sobre Rastafari, o movimento, a religião, as lideranças, a música, a estética, a cultura, o sentir, o viver…

Trabalhei muito, dias inteiros, para construir os artigos, desconstruir minhas crenças, pré-conceitos e me reconhecer com modos Rastafari de estar e viver a vida, bem como a nossa divina humanidade.

Os pioneiros – famosos – são Haile Selassie, Bob Marley, Marcus Garvey e Menelik II. Mas as mulheres desses caras fizeram toda a diferença – foram fundamentais, literalmente deram o tom. E é delicioso contar , mesmo que um só detalhe, do papel feminino na história deles.

Mergulhar no movimento  Rastafari nos leva não só à Jamaica – que em muito lembra o Brasil -, mas à Etiópia e, de quebra, aos Estados Unidos. Rastafari e Pan-Africanismo dialogam com as organizações negras de todos os tempos. 

Na parte cultural e espiritual, o que mais aparece é Bob Marley, a sua música  e a sua ganja – também conhecida como maconha, pinto do pango, liamba pelos pretos  e como cannabis pela branquitude. 

Boa leitura

– Tania Regina Pinto