Racismo religioso, entre a cruz e o chicote
Racismo religioso, entre a cruz e o chicote – Tania Regina Pinto O que este artigo responde:O que é racismo religioso?Quais as principais causas da
“O tambor também é sagrado. Por meio do seu toque se emite vibrações e se estabelece a comunicação com os orixás, caboclos e pretos velhos. É ele que traz, invoca as entidades.
E os ogãs – pessoas do sexo masculino – têm como missão tocá-los, emitir o som do couro e da madeira do atabaque que conduz ao Axé, à força sagrada das entidades, enviar os códigos, atraí-las, estabelecer a ligação com o universo espiritual.
No terreiro, o atabaque é um dos principais objetos é ponto de atração e vibração. Quem assume a responsabilidade de tocá-los, em dias de festas e rituais, tem de passar por todo um processo de purificação – banho de ervas, restrições alimentares, de bebidas alcoólicas etc. E deve, sempre, reverenciá-lo.”
[…]
Leia na íntegra o editorial de apresentação dessa edição: “Entre o sagrado e o profano”
Mais do que sons, ritmos, cultura africana, o tambor é nossa conexão ancestral, conexão com o divino em nós. Por isso, as aspas nas palavras “sagrado” e “profano”. Nós somos sagrados porque sagrado é o nosso autoconhecimento, sagrada é a nossa essência. Em nós, nada é profano, a não ser as religiões que profanaram o nosso existir, “abençoando” a escravização negra, nos classificando como “selvagens” e usando a violência contra os nossos corpos.
Racismo religioso, entre a cruz e o chicote – Tania Regina Pinto O que este artigo responde:O que é racismo religioso?Quais as principais causas da
O orixá mais humano e, talvez, o mais mal compreendido na cultura dos orixás é Exu. Entre o divino e o humano, o consciente e
Todos, divinos ou não, temos um lado luz, um lado sombra, um lado mais ou menos. Trazemos contradições… Os opostos que residem em todos os
Mais do que sons, ritmos, cultura africana, o tambor é nossa conexão ancestral, conexão com o divino em nós. Por isso, as aspas nas palavras
Paulinho: Exú, futebol e Oxóssi – Tania Regina Pinto Paulinho, da seleção olímpica, comemora gol pelo Brasil atirando flecha de Oxóssi. Foto: Daniel Leal-Olivas/AFP Sobre
Também chamado Omulu, este orixá ancestral concentra em si mesmo a energia progressiva e regressiva, da saúde e da doença, dos princípios dinâmicos da vida,
Ibejis, ele é dois! – Tania Regina Alegre, ligado ao princípio da vida, à circulação de energia e à criatividade é o único orixá que
Lista com informações de projetos, espaços e iniciativas que possibilitam a reconexão com nossos conhecimentos ancestrais espirituais. Afoxé Entidade concebida com o objetivo de unir
Os blocos afro da Bahia – primeiros do Brasil – surgem em pleno meio da Ditadura Militar (1964-1985) e são símbolos de cultura, resistência negra e liberdade. Espaços reais, permanentes, de referência negra, eles não têm sua existência reduzida ao carnaval. Durante todo o ano, além de ensaios musicais, realizam trabalhos junto à comunidade. É do Nordeste que vem muito da nossa história de força guerreira, os nossos sons únicos. É de lá que a branquitude intimidada, depois da Revolta dos Malês, decide “repatriar” os africanos escravizados. Da Bahia, a história das primeiras mulheres a tocarem tambor, de muitas de nossas lideranças, femininas e masculinas… De lá, também, o resgate orgulhoso de nossa ancestralidade egípcia, da terra dos faraós, dos nossos inventores pioneiros, bem como das lentes que re-abriram os nossos olhos para a nossa beleza, sob todos os pontos de vista.
O Brasil é a maior diáspora negra do mundo e a capital da Bahia, Salvador, é farol que fortalece a nossa identidade negra e Ilê Ayê, Olodum e Muzenza – atenção educadores – são referências para aulas sobre a História e Cultura Afro-Brasileira, fazendo-se cumprir a Lei 10639/2003. É aprendizado na batida do tambor!
Axé music, a tomada dos tambores – Tania Regina Pinto Trio elétrico de Bell Marques (Arte: Candido Vinícius sobre foto de Alfredo Filho/Secom) A história
Marco na música e na luta pela igualdade de gênero no Brasil, a Banda Afro Didá, fundada em 1993 por um homem – Neguinho do
2024 marca os 50 anos do primeiro bloco afro do Brasil. 50 anos de história, de luta para recuperar a potência africana aos olhos dos
É banda, bando, grupo de teatro negro de maior longevidade da América Latina, ativismo na veia. Olodum é expressão poderosa da cultura afro-brasileira, movimento que
Se você está interessado em música e cultura, vai adorar conhecer mais sobre o samba reggae. Nesta página, exploramos as origens do gênero na cultura
BrAfrica BrAfrica é uma loja carioca que entrega para todo o Brasil. A marca produz diversos itens focados no empoderamento e valorização da cultura, além
O samba teve no rádio o veículo de afirmação do sambista, da sambista em busca da profissionalização – sempre é bom lembrar a “sagrada” e “profana” Elza Soares. E, na escola de samba, a trincheira para defender-se de sua situação marginal, imposta.
É pelo samba, também, que o negro busca a liberdade – desde sempre. Poder ir e vir, sem correntes nem chibatas, de pandeiro na mão, de terno e gravata, sem distinção de gênero, sem impedimentos para o amor, cantando, batucando, interpretando canções – como afirmava Jamelão – em verso e prosa.
Um olhar crítico à evolução das escolas de samba a partir da pioneira, que sonhava ser bloco ou rancho carnavalesco. Doze anos depois do primeiro
Há controvérsias sobre a autoria do que se alardeia ser o primeiro samba gravado. Uma típica brincadeira do “telefone sem fio”, que não se sustenta
“Simbora” – seu grito de guerra – já colocou a postos integrantes de escolas de samba do Rio e de São Paulo. O que este
Segunda mulher negra deputada estadual por São Paulo, levantou bandeiras consideradas indigestas mesmo antes de entrar para a política partidária. Viu portas se fecharem e
Elza Soares, uma das figuras mais extravagantes, talentosas e de estilo único na música popular brasileira, em 1969, aceitou o desafio de interpretar um samba-enredo
A mitologia grega conta que Momo (Reclamação) era uma das filhas que a deusa Nix, personificação da noite, teve sem um pai. Momo, que não
E a vida segue em frente inspirada na primeira dama do samba, com seu sorriso negro que traz felicidade. Ivone Lara da Costa nasceu carioca.
“Sagrados” e “Profanos”, “Sagradas” e “Profanas”, nós resistimos, ora como baianas do acarajé, ora como bailarinas a girar nos grandes teatros. E, assim, re-existimos em luta, celebrando os que vieram antes, sob chicote, e promoveram a primeira greve da história do Brasil, a libertação na Justiça de negros que nunca deveriam ser escravizados pelas leis que regiam o proprio sistema escravocrata. “Sagrados”, “Sagradas”, “Profanos”, “Profanas”, criamos, ainda, outras armas para que se mantenha viva a nossa potência, presente no sorriso guerreiro que esboçamos, conscientes de que precisamos, mais e mais, estarmos bem perto uns dos outros, como propunha no século XX o Pan-Africanismo, com sua declaração de amor racial, estampada no emblema do movimento: “Eu amo pessoas negras”.
Projeto educativo pioneiro e o pensar de sua idealizadora, a professora, doutora em Ensino de Química e consultora pedagógica Barbara Carine Soares Pinheiro, que criou
Ele nasce livre e é vendido como escravizado, ainda criança, pelo próprio pai, um homem branco. Aprende a ler, torna-se ativista e dedica sua vida
A felicidade guerreira das rebeliões negras – Tania Regina Pinto Roda de Capoeira (Imagem: Reprodução) O que este artigo responde:Quando começa o movimento abolicionista no
“Baiana do acarajé”, pioneirismo e ancestralidade maculada – Tania Regina Pinto Acarajé é comida de Xangô e Iansã, de orixás, comida de santo, dos deuses
Nossa primeira bailarina clássica a fazer parte do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uniu sua formação erudita à valorização da
Primeira mulher negra a exercer o mandato de senadora federal, eleita pelo Acre, na época, território federal.
O que este artigo responde:Quem são os primeiros grevistas da história do Brasil?Quem eram os “negros de ganho”?Quando aconteceu a primeira greve do Brasil?Quais foram
Quebrando muralhas da política baiana, Olívia Santana representa uma força na luta por igualdade e justiça social. Eleita pelo PCdoB com mais de 55 mil
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